ABORDAGEM DE UMA METODOLOGIA NÃO-FARMACOLÓGICA PARA HIPERTENSÃO ARTERIAL

Autores

  • Eduarda Cichelero Barcarolo Unidade Central de Educação FAI Faculdades-UCEFF/Chapecó, RS, Brasil.
  • Liziara Fraporti Unidade Central de Educação FAI Faculdades-UCEFF/Chapecó, RS, Brasil.

Palavras-chave:

Hipertensão Arterial, Hipertenso, Atividade Física, Exercício Físico, Adaptação Fisiológica, Treinamento Físico Resistido

Resumo

O panorama da hipertensão arterial, que atinge cerca de 26,3% da população adulta segundo dados de 2021 do Ministério da Saúde, mostra uma preocupante tendência de crescimento ao longo dos anos. Esse cenário não apenas representa um desafio significativo para a saúde pública, mas também compromete a qualidade de vida e a longevidade da população devido às suas ligações com doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca e renal. Fatores como obesidade, dieta inadequada, tabagismo e falta de atividade física são principais responsáveis pelo desenvolvimento da hipertensão. Infelizmente, uma pequena proporção dos hipertensos no Brasil consegue controlar sua pressão arterial, destacando a necessidade urgente de melhorar a adesão ao tratamento. As baixas taxas de adesão são complexas, envolvendo questões como efeitos colaterais dos medicamentos, a dinâmica da relação médico-paciente e condições socioeconômicas desafiadoras. Nesse cenário, a exploração de abordagens não farmacológicas e acessíveis torna-se crucial para reduzir o impacto da hipertensão e aliviar a pressão sobre os sistemas de saúde pública. Este trabalho teve como objetivo avaliar a aplicabilidade e a eficácia de metodologias não farmacológicas no tratamento da hipertensão arterial, por meio de uma revisão bibliográfica, concluindo-se ao fim que a aplicabilidade de metodologias não farmacológicas podem auxiliar no tratamento da hipertensão e ainda – em alguns casos – substituir a utilização de medicamentos. 

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2025-12-20

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Artigos