VISITA DOMICILIAR: CONSIDERAÇÕES PERTINENTES AO SEU FORTALECIMENTO

Autores

  • Karine Ribeiro Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.
  • Eduarda Gollo Borges Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.
  • Maria Aparecida Pereira Santos Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.
  • Thayza Mirela Oliveira Amaral Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.
  • Emanuela Dallacort Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.

Palavras-chave:

idoso, visita domiciliar, Atenção Primária à Saúde

Resumo

Introdução: A visita domiciliar ao idoso é extremamente importante na área da saúde, para uma abordagem holística onde pode-se avaliar não somente o estado físico, mas também fatores psicossociais que também causam impacto no bem-estar do idoso. Trata-se de uma alternativa à internação hospitalar, que diminui tanto a demanda por esta, como sua duração e, consequentemente, reduz custos e riscos de complicações relacionadas ao ambiente hospitalar. Sendo reconhecida como espaço favorável para um cuidado inovador e singular em saúde, com potencialidade para propiciar assistência centrada nas demandas e necessidades do usuário. Com  o avanço da idade, a fragilidade e vulnerabilidade aumentam, ligado ao contexto social e ambiental  em que o indivíduo está inserido, o envelhecimento está intimamente relacionado com o uso de  serviços de saúde, elevando os gastos em saúde numa população mais idosa, e uma das medidas  assumidas pelos serviços para poupar o Estado dos gastos com a medicina curativa e mudar o modo  tradicional de execução em saúde é a implementação da visita domiciliar (Assis; Castro, 2018). Método: Trata-se de um relato de experiência vinculado a disciplina de projeto integrador da Instituição de Ensino UCEFF – Unidade Central de Educação Faem Faculdade, realizada visita domiciliar no período de agosto de 2024. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo descrever a experiência de visita domiciliar na APS em um curso de graduação em enfermagem. Resultados e discussão: A visita domiciliar é fundamental para a promoção da saúde do idoso, nesse contexto o enfermeiro possui um papel de suma importância para identificar fatores que impactam na qualidade de vida, bem como condições socioeconômicas, suporte familiar e hábitos de vida. A interação entre enfermeiro e paciente, se configura como ação fundamental no contexto domiciliar, pois enfermeiros devem ter habilidades na construção de um relacionamento eficaz com os pacientes. A negociação e a interação entre enfermeiro e paciente é fundamental para o atendimento resolutivo, equanime e humanizado, sendo pertinente o cuidado mediado pelo diálogo (Assis; Castro, 2018). As formas dos papéis e relacionamentos são construídos, negociados e vivenciados, destacando a relevância das relações entre enfermeiros e pacientes na definição das experiências e percepções de ambos na qualidade do cuidado gerais. Os resultados atingidos na visita domiciliar  ocorrem por meio da educação em saúde, compreendendo a orientação de cuidados prestados pela  família, fornecimento de cuidados de enfermagem, coleta de dados familiares referente às  condições de saneamento da residência, instrução sobre a prestação dos cuidados na moradia e  assuntos de higiene geral (Fuzer et al., 2018). Frente ao exposto, evidencia-se a pertinência da  experiência da visita domiciliar na graduação em enfermagem, tendo em vista que esta, promove a o olhar ampliado em saúde, contribuindo para o aprimoramento da formação do estudante, que  treina seu olhar a contextos e situações de saúde Considerações finais: Em uma visão geral a  velhice é uma fase da vida que desperta o aparecimento de problemas de ordem  social, já são inúmeros os estudos que têm referido o envelhecimento como uma  fase da vida especialmente propensa ao desenvolvimento da solidão. O envelhecimento  está associado à diminuição de atividades e possíveis cessação de relações pessoais,  isso por que os idosos em geral vivenciam o fenômeno da aposentadoria, são  confrontados com morte de amigos, podendo também enfrentar perda de cônjuge e  outros familiares, além de doenças físicas invalidantes ou que limitam suas  capacidades perceptivas, contando com uma menor probabilidade de ter ou encontrar  uma figura de apoio. Sabemos que os idosos se tornam mais dependentes de cuidados e apoio psicológico, devido ao fato de ter mais pré-disposição aos diagnósticos. Nos últimos anos, tem ocorrido um claro aumento da dependência funcional, principalmente em idosos longevos acima de 80 anos de idade. Para tanto, a capacidade funcional é um excelente marcador de como tem sido vivida esse processo de envelhecimento, bem como ela tem auxiliado para avaliar o estado de saúde dos idosos, pois a vivencia de múltiplas patologias, especialmente as crônicas não transmissíveis, pode influir no desenvolvimento da dependência funcional. A dependência funcional de idosos, principalmente os em idade avançada, tem físicas e psicológicas, comprometedoras à capacidade funcional, à independência e à autonomia, mas também implicações sociais que invadem todos os aspectos da vida.

Referências

ASSIS, Audrey Silva de; CASTRO, Carlos Roberto de. Agente comunitário de saúde e o idoso: visita domiciliar e práticas de cuidado. Physis: Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 28(3), e280308, 2018

FUZER, Francielle Alessandra Menegaes et al. Instrumento De Visita Domiciliar Paraa Equipe De Saúde Da Família. Disciplinarum Scientia. Série: Ciências da Saúde, Santa Maria, v. 19, n. 2, p. 169-176, 2018

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Publicado

2024-10-17

Edição

Seção

Eventos UCEFF - Resumo Expandido/Resumos