VISITA DOMICILIAR: CONSIDERAÇÕES PERTINENTES AO SEU FORTALECIMENTO

Resumo

Introdução: A visita domiciliar é uma prática consolidada em diferentes áreas, como saúde, assistência social, educação e segurança. Trata-se de um procedimento no qual profissionais se deslocam até a residência de indivíduos para prestar serviços específicos, realizar avaliações ou acompanhar condições particulares. A relevância dessa prática está em sua capacidade de proporcionar um atendimento mais personalizado e eficaz, adaptado ao contexto de vida de cada indivíduo. No campo da saúde, por exemplo, médicos realizam visitas para monitorar doenças crônicas, ajustar tratamentos e prevenir complicações, garantindo um suporte contínuo. Esse procedimento é essencial para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, oferecendo cuidados diretamente em seu ambiente, o que facilita a adaptação e a adesão ao tratamento. Assim, as visitas domiciliares assumem um papel fundamental na promoção de um atendimento humanizado e na garantia de suporte integral às necessidades dos indivíduos (Rodrigues et al., 2019). Objetivo: Trata-se de um relato de experiência vinculado à disciplina de Projeto de Extensão II, da instituição de ensino Unidade Central de Educação Faem Faculdades (UCEFF), realizado no período de agosto de 2024. O presente trabalho tem por objetivo descrever a experiência de visita domiciliar na Atenção Primária à Saúde (APS) em um curso de graduação em enfermagem. Metodologia: A metodologia utilizada caracteriza-se como qualitativa e observacional, com foco na análise descritiva da visita domiciliar realizada pelo nosso grupo. A visita foi conduzida de forma humana e profissional, objetivando se inteirar ao máximo da realidade do paciente e de sua família. A coleta de dados incluiu observação direta durante a visita, bem como entrevista com o paciente e seus familiares para compreender o impacto das condições domiciliares na saúde e no cuidado recebido. Resultados e discussão: A visita domiciliar permitiu a observação direta das condições de vida e cuidado do paciente acamado, além de proporcionar uma compreensão aprofundada dos desafios enfrentados pela família. O paciente, apesar de suas condições clínicas, estava em um estado razoavelmente bom, com sinais visíveis de que a família se esforçava para manter sua higiene e realizar os cuidados necessários, como o curativo das lesões e o uso correto dos equipamentos médicos. Notou-se que os curativos estavam bem feitos, a casa organizada e limpa, e o ambiente familiar, apesar das dificuldades, era acolhedor (Farias et al., 2020). A discussão apontou que, embora a família enfrente desafios financeiros e emocionais, a implementação do plano terapêutico proposto poderia melhorar significativamente a qualidade de vida do paciente. As medidas sugeridas, como a mudança regular de decúbito, cuidados com a sonda nasoenteral e a hidratação da pele, visavam prevenir complicações como úlceras de pressão e obstrução da sonda. Além disso, o suporte psicológico à família, oferecido pela equipe de saúde, seria essencial para aliviar o desgaste emocional dos cuidadores. Um ponto relevante discutido pelo nosso grupo foi o da necessidade de uma maior articulação com serviços de saúde, como a equipe do NASF, que poderia prestar assistência contínua e multidisciplinar ao paciente e seus cuidadores, complementando o esforço da família com orientações e apoio profissional. Conclusão: Concluímos que os objetivos da visita domiciliar foram alcançados, proporcionando uma visão clara das condições de saúde do paciente acamado e das dificuldades enfrentadas por sua família. A intervenção planejada, com base no plano terapêutico proposto, mostrou-se viável e com potencial para melhorar a qualidade de vida do paciente, além de oferecer mais suporte e orientação à família. O estudo destacou a importância de uma abordagem multidisciplinar, que envolva profissionais de diferentes áreas, como saúde, assistência social e fisioterapia, para fornecer um cuidado mais completo e eficiente. Além disso, a integração com serviços públicos, como o NASF, é fundamental para garantir o acompanhamento contínuo e a redução da sobrecarga familiar. Em suma, o cuidado domiciliar pode ser uma alternativa eficaz e humanizada para pacientes acamados, desde que acompanhado de suporte adequado e de estratégias terapêuticas que atendam às necessidades específicas de cada indivíduo.