VISITA DOMICILIAR: PERSPECTIVAS DE ESTUDANTES DE ENFERMAGEM
Palavras-chave:
visita domiciliar, enfermagem, diagnóstico situacionalResumo
Introdução: A visita domiciliar pode ser compreendida como um anamnese situacional do usuário da ESF, fazendo com que a partir de duas formas o profissional possa realizar uma abordagem pautada no olhar amplo e completo na condição de saúde da família, estreitando e estabelecendo laços entre paciente e profissional. Temos duas formas de realizar as visitas domiciliares sendo elas do tipo meio, pautada na promoção, prevenção, adesão e busca ativa do paciente e abordagem tipo fim, muito utilizada nos pacientes acamados onde a um objetivo especifico terapêutico bem claro e fundamentado. Ambos podem ser realizados por equipes multidisciplinares, se aplicando não só a saúde mas em questões como educação e assistência social, pois possibilita compreender a realidade em que o usuário está inserido, esses processos dinâmicos ajudam a resolver conflitos, engajar a população nas rotinas de saúde proporcionando mais adesão, acesso eficaz ampliando ferramentas de intervenções promovendo um cuidado individual e a redutibilidade dentro das ESF. Objetivo: o presente trabalho tem por objetivo descrever a experiência de visita domiciliar no APS em um curso de graduação em enfermagem. Metodologia: trata-se de um relato de experiência vinculada a disciplina de projeto integrado de extensão II, da instituição de ensino unidade central de educação FAEM faculdades – UCEEF realizado no período de agosto de 2024. Resultados e discussão :A visita domiciliar desempenha um papel essencial na promoção de um atendimento mais humanizado, eficiente e acessível. Ela permite uma intervenção direta nas condições de vida das pessoas, tornando possível a adaptação dos serviços às suas necessidades reais. Ao mesmo tempo, fortalece o vínculo entre profissionais e famílias, promovendo a inclusão social de populações vulneráveis e garantindo um acompanhamento contínuo e individualizado. Dessa forma, a visita domiciliar não só melhora a qualidade dos serviços prestados, como também contribui para o desenvolvimento das habilidades profissionais dos envolvidos. Outro aspecto relevante da visita domiciliar é sua capacidade de promover intervenções contínuas e ajustáveis. Em cenários onde há necessidade de acompanhamento frequente, como no tratamento de doenças crônicas, cuidados paliativos, desenvolvimento infantil ou monitoramento de famílias em risco, a regularidade das visitas permite aos profissionais monitorar a evolução do quadro e ajustar as intervenções conforme as mudanças nas necessidades. Isso garante um cuidado dinâmico e responsivo, que se adapta à realidade dos atendidos, maximizando a eficácia dos tratamentos ou programas implementados. Além disso, a visita domiciliar se destaca como uma oportunidade de capacitação contínua para os profissionais envolvidos. O contato direto com diferentes contextos sociais e realidades familiares expande o conhecimento prático dos profissionais e amplia sua compreensão sobre as diversas nuances que influenciam o bem-estar das pessoas. Essa experiência contribui para o desenvolvimento de habilidades essenciais, como a empatia, a comunicação efetiva e a resolução de problemas, que são cruciais para o sucesso da intervenção. Ao se depararem com situações complexas e singulares, os profissionais são desafiados a encontrar soluções criativas e eficazes, o que enriquece sua prática profissional. Conclusão: Finalmente, o sucesso das visitas domiciliares depende de uma abordagem integrada e multidisciplinar. A colaboração entre diferentes áreas, como saúde, assistência social, educação e psicologia, é fundamental para que as intervenções sejam abrangentes e eficazes. Cada profissional traz uma perspectiva única, o que permite uma análise mais completa das necessidades do indivíduo ou da família, além de garantir que todas as dimensões do bem-estar sejam contempladas. A atuação conjunta e coordenada fortalece a rede de apoio e garante que os serviços prestados sejam mais eficientes e direcionados.
Referências
DRULLA, Arlete et al. A Visita Domiciliar Como Ferramenta Ao Cuidado Familiar Cogitare Enfermagem, vol. 14, núm. 4, out-dez. 2009, pp. 667-674