CARCINOMA ESPINOCELULAR: CARACTERÍSTICAS E FORMAS DE PREVENÇÃO
Palavras-chave:
carcinoma espinocelular, câncer de pele, prevençãoResumo
Introdução: O câncer de pele é a neoplasia mais incidente no Brasil, caracterizada pela proliferação descontrolada de células epiteliais. Existem dois tipos: os não melanoma e os melanomas. O primeiro é responsável por aproximadamente 90% dos cânceres de pele, 25% representado pelo carcinoma espinocelular (CEC), comumente encontrado nas cavidades oral e orofaringe, além da região do esôfago, ânus, pulmões e língua. O CEC apresenta etiologia multifatorial, sendo a exposição solar prolongada o fator principal. Como prevenção primária, temos a utilização de protetores solares e vestimentas adequadas, enquanto a prevenção secundária prioriza o diagnóstico precoce. Objetivo: realizar uma revisão bibliográfica sobre as principais características clínicas e fisiopatológicas do carcinoma espinocelular e relatar as ações preventivas, visando orientar a população para diminuir a incidência desta patologia. Método: A presente pesquisa baseou-se no levantamento bibliográfico nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed), Scientific Electronic Library Online (SciELO). Como critérios de inclusão foram selecionados artigos publicados no período de 2010 a 2022, no idioma português, com as palavras-chave: carcinoma espinocelular; câncer de pele; prevenção câncer de pele. A partir dos critérios, analisou-se seis artigos contendo especificações sobre câncer de pele, sobretudo carcinoma espinocelular. Resultados e Discussão: O carcinoma espinocelular é uma neoplasia que exibe diferenciação escamosa originada nos queratinócitos da epiderme, podendo aparecer no epitélio escamoso de mucosas. Apresenta crescimento lento e localmente invasivo, pode surgir como nódulo duro com superfície de crosta avermelhada e escamosa, causando ou não alterações e prejuízos estéticos. Possui etiologia multifatorial, a exposição solar prolongada e desprotegida contribui como principal fator de risco. Alcoolismo, tabagismo, predisposição genética, doença de Bowen e imunodeficiência também são bem fundamentados na literatura. A incidência do CEC vem crescendo e está relacionada à maior exposição solar dos indivíduos, com o aumento de atividades ao ar livre e mudanças no vestuário. O Brasil, por seu clima tropical e localização próxima à linha do equador e trópico de capricórnio, recebe muita radiação solar, favorecendo atividades socioeconômicas como pesca, agricultura e mineração, e propiciando o desenvolvimento de CEC. Como prevenção primária, a utilização de protetores solares é amplamente discutida e recomendada pela literatura, devendo ser aplicados sobre a pele antes da exposição solar, bem como o uso de roupas com proteção UV. Recomenda-se evitar a exposição solar entre às 10 horas e 16 horas, quando os raios ultravioletas encontram-se em maior incidência na atmosfera, necessitando reaplicação do filtro solar durante o dia.3 Na prevenção secundária, o diagnóstico precoce é o mais indicado. Quando o paciente perceber alguma mancha, modificação tecidual ou ferimentos com difícil cicatrização, deve procurar o médico dermatologista para realizar o exame clínico. A biópsia histopatológica da lesão confirmará ou não o diagnóstico suspeito.Conclusões: O trabalho evidenciou os riscos do carcinoma espinocelular e a importância dos cuidados e prevenções que devem ser adotados pela população. Cabe aos profissionais da saúde realizar campanhas orientacionais sobre a prevenção do câncer de pele e estimular o autoexame. O carcinoma é comumente diagnosticado tardiamente, devido aos sintomas iniciais brandos, sendo necessário conscientizar, orientar e priorizar o diagnóstico precoce.