Uso de serviço odontológico preventivo associado à qualidade de vida relacionada à saúde bucal em idosos brasilerios

Autores

  • Tauana Dietrich Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil
  • Gabriela Debona Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil
  • Paola de Cassia Spessato Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil
  • Maria Laura Braccini Fagundes Universidade Federal de Santa Maria – UFSM / Santa Maria, RS, Brasil.
  • Jessye Melgarejo do Amaral Giordani Universidade Federal de Santa Maria – UFSM / Santa Maria, RS, Brasil.
  • Fernando Neves Hugo Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS / Porto Alegre (RS), Brasil.
  • Juliana Balbinot Hilgert Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS / Porto Alegre (RS), Brasil.
  • Orlando Luiz do Amaral Júnior Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.

Palavras-chave:

Qualidade de vida, Envelhecimento, Saúde Bucal

Resumo

Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial resultante de um processo relacionado ao aumento das taxas de expectativa de vida e redução das taxas de natalidade e fecundidade 1. No entanto, manter uma boa higiene bucal torna-se um desafio na velhice 2, considerando a ocorrência de fatores como o declínio das habilidades relacionadas à visão, destreza manual e cognição 3,4. Além disso, é comum que a população idosa demonstre pessimismo e perda de interesse ou prazer em realizar suas atividades diárias, tornando-os mais solitários e entristecidos 5. Esses fatores podem influenciar comportamentos relacionados à saúde bucal, prejudicando a higiene e o uso de serviços odontológicos 6. Objetivo: Avaliar a associação entre qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) e o uso de serviços odontológicos preventivos por idosos brasileiros. Métodos: Trata-se de um estudo transversal realizado com dados da linha de base do Estudo Longitudinal do Envelhecimento Brasileiro (ELSI-Brasil), com representatividade da população com 50 anos ou mais, realizado entre 2015 e 2016. Todos os idosos elegíveis não apresentavam alterações cognitivas e não eram institucionalizados, os quais foram convidados a participar do estudo e a responder questionários em seus próprios domicílios, sendo ao todo 70 municípios selecionados aleatoriamente, distribuídos em 21 estados de todas as regiões brasileiras. Os resultados deste estudo foram analisados através do software STATA 14.0 (Stata Corporation, College Station, TX, EUA). A análise dos dados incorporou os pesos amostrais considerando a estrutura do cluster por meio de comandos de busca (svy). Inicialmente, foi realizada análise descritiva. As associações com o desfecho foram analisadas por meio de modelos de regressão de Poisson com variância robusta, ajuste para fatores de confusão, com estimativas de razões de taxas brutas e ajustadas e seus respectivos intervalos de confiança de 95% (Rate Ratio (RR); IC 95%). O nível de significância foi fixado em 5% (p < 0,05). Resultados: A amostra final deste estudo foi composta por 5.432 indivíduos. A associação entre o uso de serviços odontológicos preventivos e QVRSO após ajuste para variáveis de confusão é apresentada. Idosos que utilizaram serviços odontológicos preventivamente relataram menos impactos em sua QVRSO (RR: 0,74; [IC95%: 0,57-0,97]). Conclusão: Os achados deste estudo sugerem que o uso preventivo de serviços odontológicos esteve associado a melhor QVRSB nos idosos brasileiros. Ações voltadas à melhoria da qualidade de vida dos idosos podem ser aprimoradas contemplando o uso preventivo dos serviços odontológicos por essa população.7 Com base nos achados relatados neste estudo, as políticas de combate às desigualdades em saúde, promovendo o acesso à assistência odontológica preventiva, podem levar a uma melhor QVRSB.

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Publicado

2022-12-01

Edição

Seção

Eventos