Agente Comunitário de Saúde no combate à dengue no município de Itapiranga - Santa Catarina (SC)

Resumo

Introdução: A evolução humana culminou na ascensão de modelos de desenvolvimento econômico através do processo produtivo com consequente modificação da natureza e da dinâmica das populações, o que tem contribuído para a expansão das arboviroses no Brasil, com destaque para a Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela. Nesse sentido torna-se fundamental o desenvolvimento de políticas públicas, que fundamentam ações principalmente na proteção e na prevenção de doenças. A Estratégia de Saúde da Família (ESF) se estrutura como uma dessas políticas, e é considerada pelo Ministério da Saúde (MS) como uma estratégia de reorientação do modelo de assistência, realizada pela implantação de equipes multiprofissionais em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Como profissional que compõe a equipe de ESF temos o agente comunitário de saúde (ACS), que ao se deslocar para o local onde as comunidades residem, aproximam-se da realidade da população. Frente a essa situação uma das atribuições do ACS é a visita domiciliar em que se realiza dentre tantas atividades a educação sanitária da população principalmente no que tange a prevenção da dengue. Objetivo: Relatar a atividade de acompanhamento de visita domiciliar realizada por acadêmicos de enfermagem do segundo semestre do Centro Universitário FAI de Itapiranga na disciplina de Projeto Integrado de Extensão I: Saúde e sociedade, em um território de ESF da zona urbana do município de Itapiranga – Santa Catarina. Métodos: Trata-se de um relato de experiência sobre o acompanhamento de uma visita domiciliar realizada por acadêmicos do segundo semestre do Centro Universitário FAI de Itapiranga na disciplina de Projeto Integrado de Extensão I: Saúde e sociedade, e ACS, na zona urbana do município de Itapiranga, com enfoque na prevenção da dengue. Resultados: No segundo semestre do ano de 2022, os acadêmicos do curso de Enfermagem da UCEFF Itapiranga através do acompanhamento da visita domiciliar,
fizeram uma observação prática do trabalho de uma ACS que trabalha a 21 anos junto ao município de Itapiranga, sendo responsável por uma população de 548 pessoas residentes na sua microárea de atuação. Foi verificada sua rotina desde o preparo do itinerário até o planejamento de estratégias de prevenção à dengue. Com o intuito de atingir a totalidade da população de sua microárea, ela planeja suas visitas conforme as características de cada uma das famílias. A visita domiciliar evidenciou que a situação em algumas residências é preocupante devido o descarte incorreto do lixo, o que causa o acúmulo de água parada e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. O diálogo existente entre ACS e a população é fundamental para a conscientização e busca por adequações na microárea da ESF. Nos casos em que não há o envolvimento da comunidade no processo participativo de controle de focos de mosquito vetor, aciona-se o Setor de Combate às Endemias os quais poderão realizar desde notificações até aplicação de multas. Conclusão: A vivência da visita domiciliar demonstrou a importância do ACS e sua ligação com a comunidade local e equipe multidisciplinar da saúde possibilitando assim a criação de estratégias de prevenção a agravos de saúde como a dengue. A ACS acompanhada, demonstra organização do trabalho, empenho e empatia em relação à comunidade a qual assiste, possibilitando dessa forma, maior efetividade da promoção de saúde da população de sua microárea.