A CORRELAÇÃO ENTRE ALTERAÇÕES DA MICROBIOTA INTESTINAL E A MANIFESTAÇÃO DA CANDIDÍASE DE REPETIÇÃO

Autores

  • Laura Beatriz Ritt Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.
  • Taiane Schneider Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.

Palavras-chave:

Candida albicans, microbioma intestinal, candidíase vulvovaginal

Resumo

Introdução: O microbioma intestinal tem um papel fundamental na regulação da saúde do ser humano, quando em desarmonia,  pode levar ao enfraquecimento do sistema imunológico, crescimento anormal de leveduras patogênicas e desencadear desordens genitais na mulher. Um exemplo muito comum são as infecções por espécies do gênero Candida, um organismo oportunista, que causa a candidíase.1 Objetivo: Elencar, através de uma revisão bibliográfica, os fatores que levam ao desenvolvimento da candidíase de repetição em pacientes com anormalidades da microbiota intestinal. Método: O presente trabalho foi realizado por meio de estudo descritivo não experimental do tipo revisão de literatura, através das plataformas National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Electronic Library (Scielo). Foram selecionados nove artigos em língua inglesa e portuguesa, publicados entre 2010 e 2020. Como estratégia de busca,  foram  utilizadas  as  seguintes  palavras-chave: Candidíase vulvovaginal; microbiota intestinal;cândida. Resultados e Discussão: A candidíase é uma infecção causada pelo crescimento excessivo de leveduras do gênero Candida, sendo mais habitual as infecções por C. albicans, que afetam principalmente mulheres adultas em idade reprodutiva.2 Segundo dados de pesquisas, cerca de 70% das mulheres apresentam, no mínimo, um caso de candidíase vulvovaginal em sua vida.3,5 Dentre as causas, as alterações intestinais se apresentam como o principal fator. A  microbiota intestinal do ser humano é colonizada por milhares de microrganismos, sendo que as principais bactérias que a compõem não são nocivas à saúde. Elas são consideradas probióticas e atuam na formação de uma barreira protetora, impedindo bactérias patogênicas de se ligarem aos seus receptores e realizarem sua proliferação.4,5 Além da disbiose, outros fatores de risco contribuem para o desenvolvimento de Candida albicans, incluindo fatores genéticos, que aumentam a suscetibilidade do hospedeiro à infecção, resposta inflamatória e desequilíbrio do pH vaginal.6 Ainda nesse contexto, uma alimentação pobre em nutrientes, fibras e vitaminas, como frutas, legumes e verduras, somados ao consumo exagerado de fast foods, industrializados, ricos em aditivos químicos e gorduras, proporcionam um ambiente favorável ao desenvolvimento de microrganismos oportunistas, como a cândida.7 Isso se explica pela sua atividade metabólica, que utiliza os carboidratos e outras fontes de glicose como substrato energético, ou seja, ela adquire moléculas de carbono a partir da glicose e realiza o seu metabolismo, assim, o consumo desenfreado desses alimentos, favorecem o ambiente intestinal para que a cândida se desenvolva.8 Por conta da sua colonização, o tecido epidérmico perianal e o reto apresentam contágio a partir do  trato digestivo pela proximidade entre o ânus e a vagina.9,6 Conclusão: Analisando os dados obtidos, é notável a importância em manter uma dieta balanceada, evitando alimentos ultraprocessados, carboidratos refinados e produtos com alto teor de açúcar. Adotar uma alimentação saudável, garante o bom funcionamento do intestino e a manutenção da saúde, pois além de favorecer a absorção de minerais, vitaminas e regular o sistema imunológico, também produz moléculas importantes, como os ácidos graxos de cadeia curta, que são essenciais para manter a microbiota em equilíbrio, diminuindo, dessa forma, casos de candidíase de repetição.

Palavras-chave: Candida albicans; microbioma intestinal; candidíase vulvovaginal.

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Publicado

2024-08-26

Edição

Seção

Eventos UCEFF - Resumo Expandido/Resumos