DENGUE: UMA ANÁLISE DOS DADOS EPIDEMIOLÓGICOS RECENTES

Autores

  • Ana Maria Thomas Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.
  • Mariane Ferreira Santos Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.
  • Tatiane Schneider Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.

Palavras-chave:

Dengue

Resumo

Introdução: A dengue é uma doença infecciosa, ocasionada por um arbovírus do gênero Flavivírus, transmitida através da picada do seu hospedeiro, que em todos os estados brasileiros é o mosquito Aedes aegypti quando esse carrega um dos quatro sorotipos do vírus (DENV-1, DENV-2, DENV-3 ou DENV-4). Os sinais clínicos podem ir desde febre intensa até febre hemorrágica grave, acompanhados por redução na contagem de plaquetas e glóbulos brancos, e aumento na permeabilidade dos vasos sanguíneos. Objetivo: Analisar a disseminação da dengue no estado de Santa Catarina no primeiro trimestre do ano de 2024. Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica, utilizando artigos, dissertações e teses das bases de dados National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Electronic Library Online (Scielo), e os dados epidemiológicos da DIVE (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) de Santa Catarina, priorizando dados recentes em relação ao período de 31 de dezembro de 2023 até 09 de abril de 2024. Resultados e Discussão: No estado de Santa Catarina, os sorotipos de dengue identificados foram o DENV-1 e DENV-2, sendo o DENV-1 o mais prevalente. Entre 31 de dezembro de 2023 e 09 de abril de 2024, ocorreram 192.162 notificações de dengue. Deste total, 132.842 foram considerados casos prováveis, 3.245 foram inconclusivos e 59.320 foram descartados. Comparando com o mesmo período no ano anterior, houve um aumento de 162,7% nos casos confirmados da doença. Até o momento, foram registrados casos prováveis em 270 municípios, com maior incidência nas regiões oeste e nordeste do estado. No mesmo período foram confirmados 75 óbitos de dengue, distribuídos nos municípios de: Joinville, Itajaí, Blumenau, Balneário Piçarras, Florianópolis, Navegantes, São Francisco do Sul, Tijucas, Araquari, Indaial, Águas de Chapecó, Arroio Trinta, Balneário Barra do Sul, Biguaçu, Brusque, Caxambu do Sul, Chapecó, Garuva, Guarujá do Sul, Itapema, Itapiranga, Jaraguá do Sul, Palmitos, Penha, João Batista, São José e Xaxim. Em relação aos focos, foram identificados 29.309 do mosquito Aedes aegypti em 236 municípios. Revelando também que de 295 municípios catarinenses, 161 são considerados infestados pelo vetor. Conclusão:  Percebe-se o aumento alarmante de casos confirmados de dengue e os casos de mortalidade devido a infecção, tornando-se imprescindível implementar estratégias de controle na área da saúde pública, principalmente nas áreas urbanas. A prevenção se mostra como a principal ferramenta disponível, sendo essencial combater os locais de acúmulo de água, que favorecem a reprodução do mosquito transmissor da doença. Portanto, todos os cidadãos devem contribuir de maneira ativa e as autoridades competentes precisam atuar fiscalizando a execução dessa medida.

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Publicado

2024-08-05

Edição

Seção

Resumo Expandido