DANOS AO SISTEMA CARDIOVASCULAR OCASIONADO PELA HIPER-HOMOCISTEINEMIA

Autores

  • Silas Kelvin Saldanha Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.
  • Aline Candaten Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/Frederico Westphalen, RS, Brasil
  • Taiane Schneider Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.

Palavras-chave:

hiper-homocisteinemia, doença cardiovascular, homocisteína

Resumo

Introdução: A doença cardiovascular (DCV) refere-se a um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos como por exemplo doença coronariana, doença cerebrovascular entre outras. Esse grupo de doenças é abordado por diversos países, incluindo o Brasil, onde a taxa de morte chega a cerca de 300 mil pessoas ao ano. Fatores como hipercolesterolemia, hipertensão, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo e antecedentes familiares são significativos para a maioria das mortes por DCV. Cerca de 30%-35% dos afetados apresentam níveis normais de colesterol, mas mais de 40% apresentam hiper-homocisteinemia5. Objetivo: Verificar se níveis elevados de homocisteína ocasionam danos ao sistema cardiovascular. Método: Foi realizada uma revisão bibliográfica buscando pelas palavras “homocisteína” e “cardiovascular” por meio de estudos retrospectivos, através das plataformas Scientific Electronic Library (Scielo), e National Library of Medicine (PubMed).Com artigos publicados entre 2000 a 2024. Resultados e Discussão: A homocisteína normalmente é mantida em níveis relativamente baixos na corrente sanguínea³, entretanto pode ocorrer a elevação denominada hiper-homocisteinemia podendo surgir tanto de deficiências nutricionais, como depleção de folato, vitamina B6 e vitamina B12 , quanto de defeitos genéticos de enzimas envolvidas no metabolismo da homocisteína¹.O passar da idade também pode auxiliar nesse aumento da Homocisteína3. Alguns estudos trazem que a hiper-homocisteinemia (HHcy) exacerba a remodelação cardíaca adversa e a hipertrofia cardíaca patológica². Há evidências de uma relação direta e independente dos níveis plasmáticos de homocisteína (Hcy) com a morbidade e mortalidade relacionadas à aterosclerose3. A medida da Hcy se dá através da concentração molar (µmol/L). Classifica-se como normal quando os valores ficam entre 5-15 µmol/L, moderada˃15-30 µmol/L e ocorre a Hiper-homocisteinemia˃30-100 µmol/L4. Alguns estudos realizados por Fournier através de caso controle foi evidenciado níveis médios e acentuadamente elevado de homocisteína em pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) (18,4 ± 7,83 μmol/L) versus indivíduos controle (12,8 ± 3,14 μmol/L; p < 0,01), qualquer que seja a etiologia da insuficiência cardíaca (não isquêmica, n = 74, 17,6 ± 7,8 μmol/L; isquêmico, n = 60, 19,3 ± 7,8 μmol/L) dados levantados após ser realizado teste com 134 pacientes adultos, trazendo o fato de que mesmo com patologias predisponentes para ocasionar doenças cardiovasculares a dosagem da Homocisteína plasmática pode ser usada como um indicador para prever a possibilidade futura de aparecimento de DCV6. Conclusão: A homocisteína tornou-se um fator de risco importante para doenças coronárias contribuindo para a aterogênese por efeito citotóxico direto ao endotélio, por estímulo da adesão plaquetária e/ou por promoção de atividade pró-coagulante. Seu tratamento ainda é cercado por dúvidas e valores a serem tratados, mas a necessidade de monitoramento em pacientes de risco e dose adequada de vitaminas como folato para manter os níveis saudáveis é algo necessário e de suma importância. A eficácia do tratamento na prevenção e progressão da doença devem ser mais estudadas e debatidas.

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Publicado

2024-08-05

Edição

Seção

Resumo Expandido