ERROS PRÉ-ANALÍTICOS NA COLETA PARA A REALIZAÇÃO DO EXAME QUALITATIVO DE URINA

Autores

  • Bianca Barth Vinciguerra Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ São Miguel do Oeste, SC, Brasil.
  • Roberta Filipini Rampelotto Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ São Miguel do Oeste, SC, Brasil.
  • Renata Saurin Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ São Miguel do Oeste, SC, Brasil.
  • Neila Oro Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ São Miguel do Oeste, SC, Brasil.

Resumo

Grande área do conhecimento: Ciências da Saúde.

Introdução: O exame de rotina de urina, também conhecido como exame qualitativo de urina (EQU) ou parcial de urina aparece dentre os exames mais solicitados no laboratório clínico, e com ele, permite identificar alterações físico-química, auxiliar no diagnóstico e prognóstico de infecções e detectar mudanças no metabolismo corporal.1 Quando a fase pré-analítica do exame de urina é realizada de forma incorreta, a mesma acarreta em erros na fase analítica, consequentemente afetando a fase pós-analítica, ocasionando leituras inadequadas, confusas e muitas vezes alterações que não existiriam caso a fase pré-analítica fosse respeitada e realizada corretamente, pois resultados falsos negativos podem culminar em danos irreparáveis ao paciente, uma vez que as decisões terapêuticas são tomadas com base no diagnóstico final.2 Objetivos: O objetivo deste estudo foi apresentar quais são os principais erros pré-analíticos durante a realização do EQU. Metodologia: Foi realizado uma revisão bibliográfica explicativa, utilizando as bases de dados google acadêmico e SciElo, envolvendo os termos “fase pré-analítica”, “coleta de urina”, “parcial de urina” e ”erros analíticos”. Os artigos selecionados foram de acesso público, dos últimos 4 anos e que não estavam duplicados na base de dados. Resultados: A análise de urina é de grande relevância para auxiliar no diagnóstico e acompanhamento de diversas patologias, como infecções renais e das vias urinárias, doenças relacionadas ao fígado e diabetes, bem como no rastreamento do exame clínico de rotina antes de procedimentos cirúrgicos,2 portanto, a qualidade da amostra é muito importante, e influencia diretamente na fase analítica e na interpretação final do resultado.1 Quando a amostra é coletada e enviada incorretamente ao laboratório, ela pode apresentar uma taxa de reprovação que varia de 46% a 68,2%, o que pode gerar um resultado inapropriado ou uma futura interpretação equivocada do laudo final,3 influenciando diretamente no tratamento do paciente. Uma amostra é considerada inapropriada quando o paciente não é orientado de forma correta, consequentemente a realização da coleta da amostra será inadequada. Sendo considerada imprópria para análise amostras com volume insuficiente, em frasco errado, material contaminado.1 Portanto, é fundamental orientar o paciente sobre a correta coleta, no qual as instruções devem incluir questões sobre a higiene, tipo de coleta (primeira urina da manhã, urina de jato médio, entre outros), volume mínimo e, caso não seja coletado no laboratório, como deve ocorrer o armazenamento e o transporte.3  Conclusão: É a partir da sedimentoscopia e do exame químico do EQU que muitas conclusões e diagnósticos são tomados. É um procedimento rápido, confiável, preciso, seguro e de baixo custo, desde que seja realizado por um profissional capacitado e de que as orientações corretas sejam repassadas ao paciente, a fim de ocorrer uma liberação precisa e concreta do laudo final. O principal interferente encontrado na análise de urina é a contaminação durante a coleta, o que demonstra o quanto é importante as orientações repassadas ao paciente, bem como a coleta adequada do material.

Palavras-chave: Exame parcial de urina, orientação, fase pré-analítica, qualidade. 

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Publicado

2024-08-07

Edição

Seção

Resumo Expandido