PRESENÇA DE BACTÉRIAS EM SUPERFÍCIES INANIMADAS EM UNIDADES HOSPITALARES

Autores

  • Camila Zamprogna Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.
  • Fernanda Pilatti Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.
  • Liziara Fraporti Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.

Palavras-chave:

Infecção hospitalar, microorganismos, superfícies inanimadas.

Resumo

Introdução: As infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) são uma preocupação importante entre as infecções nosocomiais, especialmente em ambientes de alta complexidade como as UTIs. Bactérias em superfícies inanimadas servem como reservatórios e portadores para os pacientes, o que é frequentemente associado a essas infecções. Os pacientes gravemente enfermos são frequentemente submetidos a intervenções invasivas e são expostos a vários dispositivos médicos, o que aumenta a probabilidade de infecções nosocomiais nas UTIs¹.Objetivo: Revisar estudos sobre microorganismos em unidades hospitalares, destacando a presença de organismos patogênicos. Método: O presente trabalho baseou-se no levantamento bibliográfico nos principais bancos de periódicos disponíveis online, Pubmed, Scielo e Brazilian Journal of Development. Como critérios de inclusão foram selecionados artigos publicados no período de 2010 a 2024, no idioma português, com as palavras-chave: Infecção Hospitalar, Superfícies, Microrganismos. A partir dos critérios, foram analisados quatro artigos contendo estudos sobre microrganismos presentes em hospitais. Resultados e Discussão: Em um estudo realizado em 2018 por Deshpande et al. (2017)² com 318 amostras de pisos de quartos de pacientes, foi encontrada contaminação por Clostridium difficile, Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) e Enterococcus resistente à vancomicina (VRE). Nesta mesma pesquisa, constatou-se que houve transferência de patógenos do chão para objetos que estavam em contato com o chão e, destes, para as mãos e luvas. Em um estudo realizado por Correia et al. (2021)³, dentre 40 amostras coletadas, 22 (55%) apresentaram crescimento positivo para pelo menos um microrganismo. Destas amostras os autores isolaram e identificaram 32 espécies bacterianas, sendo elas 14 (43,8%) amostras positivas para Staphylococcus coagulase negativa (CoNS), sete (21,9%) para Acinetobacter baumanni complex, três (9,4%) para Enterobacter aerogenes e duas (6,3%) para Staphylococcus aureus. 94,4% dos equipamentos analisados por uma pesquisa realizada por Rocha, et al. (2015)₄ apresentaram contaminação por uma ou mais espécies bacterianas, das quais as mais isoladas corresponderam a Acinetobacter sp., Staphylococcus aureus, Staphylococcus coagulase negativa (SCN), Staphylococcus saprophyticus, Enterococcus sp., Klebsiella pneumoniae e Streptococcus viridans. Em outro estudo mais recente realizado por Sharma et al. (2022)₅ os autores encontraram bactérias patogênicas em 27,77% dos lençóis e uniformes analisados, sendo elas Staphylococcus hominis, Staphylococcus aureus, Staphylococcus warneri, Klebsiella pneumoniae e Acinetobacter baumannii. evidenciando microorganismos também encontrados anteriormente. Conclusão: Levando em consideração os diversos estudos publicados sobre a contaminação de ambientes hospitalares, é possível constatar que diversos microorganismos patogênicos de importância clínica têm sido encontrados em superfícies inanimadas, expondo pacientes e funcionários. A higienização hospitalar, bem como o controle de qualidade dos processos são aliadas das boas práticas na prevenção de surtos de infecções relacionadas à assistência à saúde.

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Publicado

2024-08-28

Edição

Seção

Eventos UCEFF - Resumo Expandido/Resumos