ABORDAGENS TERAPÊUTICAS E PREVENTIVAS DO DIABETES MELLITO GESTACIONAL (DMG)
Palavras-chave:
DIABETES GESTACIONAL, HIPERGLICEMIAResumo
INTRODUÇÃO: O diabetes gestacional é uma condição caracterizada pelo aumento dos níveis de glicose no sangue que é diagnosticado pela primeira vez durante a gravidez, entre 24 e 28 semanas de gestação, pela medida de glicose plasmática, que, para mulheres gestantes não diabéticas deve permanecer ≥ 92 mg/dL e pelo exame de TOTG (teste oral de tolerância a glicose), realizado após a ingesta de 75g de glicose, onde os resultados para não diabéticas devem permanecer após 1 hora do TOTG ≥ 180 mg/dL; ou glicemia após 2 horas ≥ 153 mg/dL. A DMG pode ter implicações significativas tanto para a mãe quanto para o desenvolvimento fetal, sendo um campo de estudo vital para a saúde pública e a endocrinologia obstétrica. A incidência do DMG no Brasil é de 2,4 a 7,2%, podendo chegar a 18% dependendo da população de estudo e do modo em que foram feitos os diagnósticos. ¹²³ OBJETIVO: Analisar as abordagens terapêuticas e preventivas mais eficazes no tratamento do diabetes gestacional. METODOLOGIA: O presente trabalho foi realizado através de um estudo descritivo não experimental do tipo de revisão de literatura. Para a pesquisa foram utilizados os principais bancos de periódicos disponíveis online, Pubmed, Scielo, e Google acadêmico. Foram selecionados artigos em língua inglesa e portuguesa. Como estratégia de busca, foram utilizadas as seguintes palavras-chave: "diabetes gestacional", "tratamento" e "prevenção". Foram analisados três artigos relevantes que contribuíram para o trabalho. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Quando o controle da DMG não é suficiente apenas com o cuidado na alimentação e exercícios físicos, o uso de insulinoterapia é uma opção para tratamento da condição, já que no mercado existem vários tipos de insulina, alguns com ação mais rápida que outros, e que podem ser prescritos conforme a eficácia e segurança de uso durante a gestação, como por exemplo a insulina humana, NPH (Neutral Protamine Hagedorn) e insulona Regular, devido a seu menor risco imunogênico, maior segurança e eficácia. Outras medidas terapêuticas medicamentosas para controle glicêmico envolvem o uso de metformina, que atua na melhor sensibilidade do corpo a insulina e glibenclamida, que estimula o pâncreas a produzir mais insulina, porém o uso de medicamentos orais na gestação deve ser prescrito com cuidado, avaliando a eficácia medicamentosa e a adesão da gestante ao tratamento com insulinoterapia¹. Uma abordagem integrativa para prevenção e tratamento, enfatizando a importância do acompanhamento nutricional, atividade física e acompanhamento dos níveis de glicose durante a gestação, assim o diagnóstico será mais preciso e rápido se a paciente desenvolver a condição². É de extrema importância um rastreamento e diagnóstico da DMG, sublinhando a necessidade de um acompanhamento clínico já que a gestação favorece o desenvolvimento desta condição, que é agravada por outros fatores pré gestacionais, ainda é destacado que o acompanhamento puerperal de pacientes com DMG é de extrema importância, já que a condição deve normalizar rapidamente neste período, sendo avaliado também o risco da paciente de desenvolver DM tipo 2. ³. A comparação desses estudos revela uma tendência para a personalização do tratamento, com ênfase na combinação de terapias medicamentosas e mudanças no estilo de vida, o rastreamento, diagnóstico e tratamento da DMG contribui para uma melhor qualidade de vida e uma taxa menor de comorbidades tanto na mãe quanto no bebê. ¹²³ CONCLUSÃO:O tratamento do diabetes gestacional requer uma abordagem multidisciplinar, onde a terapia medicamentosa deve ser complementada com intervenções nutricionais e de estilo de vida. A detecção precoce e o manejo adequado são essenciais para minimizar os riscos associados à condição.