RELAÇÃO DA DEFICIÊNCIA DA VITAMINA B12 COM A DEPRESSÃO

Autores

  • Gabrieli Fernanda Barbieri Hartmann Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.
  • Liziara Fraporti Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.

Palavras-chave:

Deficiência de vitamina B12, Cobalamina, Depressão

Resumo

Introdução: A vitamina B12 possui grande importância para o sistema nervoso central, estando envolvida em processos como o desenvolvimento cerebral e a função cognitiva, sendo essenciais para o funcionamento fisiológico do organismo nas diferentes fases da vida.6 Objetivo: Identificar através de uma revisão bibliográfica a relação da deficiência da vitamina B12 com a depressão.  Método: O presente trabalho foi realizado através de um estudo descritivo do tipo de revisão de literatura. Para a pesquisa foram utilizados os principais bancos de periódicos disponíveis online, Pubmed, Scielo e Brazilian Journal of Development. Foram selecionados seis artigos em língua portuguesa. Como estratégia de busca, foram utilizadas as seguintes palavras-chave: deficiência de vitamina B12; cobalamina; depressão. Resultados e Discussão: A vitamina B12 ou cobalamina é uma vitamina do complexo B, hidrossolúvel e de origem bacteriana, sintetizada exclusivamente por microrganismos, ela é encontrada apenas em alimentos de origem animal, sendo assim podendo ser obtida através do consumo destes alimentos, desta  forma, o seu  déficit pode ser uma resposta à ingestão insuficiente ou distúrbios gastrointestinais.¹-² Pelo fato desse micronutriente não estar disponível em alimentos de origem vegetal, a população vegetariana se torna mais propensa a apresentar deficiência da vitamina.¹ A deficiência da B12 pode ocorrer em diferentes faixas etárias, porém dispõem de uma alta  prevalência em idosos, afetando cerca de 5% das pessoas com idades entre 65-74 anos e mais de 10% em pessoas com 75 anos ou mais.³ O diagnóstico é realizado quando as concentrações estão abaixo de 150 a 160 pmol/L. Considera-se que 10% a  30%  das  pessoas  com mais  de 50 anos apresentam menor absorção de B12 em função da presença de gastrite atrófica, e aproximadamente 1% a 2% apresentam anemia perniciosa, que é necessário para a absorção da vitamina no intestino.² Pacientes com deficiência de B12 podem apresentar sintomas diversos como anemia megaloblástica, neuropatia periférica e sintomas psiquiátricos, especialmente transtornos depressivos.4 De acordo com o Instituto de Medicina de Washington, cerca de  75% - 90% das pessoas com deficiência da vitamina B12, clinicamente relevantes, apresentaram distúrbios neurológicos, e em apenas 25% dos casos foram apenas manifestações clínicas de deficiência da vitamina.² A deficiência de B12 gera um quadro de hiperhomocisteinemia e diminuição de S-adenosilmetionina, correspondendo à hipótese de que a depressão ocorre por alteração de receptores ou deficiência de monoaminas. A S-adenosilmetionina doa grupos metil, essenciais para a manutenção da mielina. Sua diminuição pode gerar falha no funcionamento dos receptores de monoaminas. Ela também participa de reações de metilação envolvidas na síntese de dopamina, noradrenalina e serotonina, portanto, sua deficiência causa diminuição na produção dessas monoaminas.5 Conclusão: A cobalamina, é responsável por importantes funções metabólicas e neurotróficas no organismo humano, entre eles transtornos depressivo e cognitivo. Sua deficiência é uma epidemia invisível, que afeta especialmente os idosos. Sendo assim, por ser de simples diagnóstico e tratamento deve ter um acompanhamento mais aprofundado com a inclusão da dosagem da vitamina B12 na rotina de exames laboratoriais, mesmo na ausência de sintomas, para um diagnóstico precoce dessa deficiência.

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Publicado

2024-09-04

Edição

Seção

Eventos UCEFF - Resumo Expandido/Resumos