INFECÇÃO NO TRATO URINÁRIO: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Resumo

Introdução: A infecção no trato urinário (ITU) é uma doença bacteriana extremamente frequente, que pode ser causada por fungos e vírus também, acometendo homens e mulheres de acordo com a faixa etária,¹ sendo prevalentes em pacientes adultos e do sexo feminino,² e crianças com até 6 anos de idade.^2,3 Objetivo: Diante da relevância do tema escolhido, o presente trabalho busca analisar artigos que abordem sobre o diagnóstico e a terapêutica da infecção no trato urinário. Método: A estratégia utilizada para este estudo foi de revisão bibliográfica, onde a busca de artigos, dissertações, teses e monografias foi realizada na base de dados National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Web of Science envolvendo os termos: “infecção urinária”, “diagnóstico” e “tratamento”. Como critérios de inclusão foram considerados os estudos que abordassem sobre o tema proposto, entre 2001 e 2023. Resultados e Discussão: A infecção urinária é definida por invasão e replicação bacteriana, podendo agredir os rins e as vias urinárias quando não há o diagnóstico e o tratamento correto.⁴ As bactérias com maior prevalência na ITU são as Gram-negativas, sendo elas a Staphylococcus saprophyticus, Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis, Enterobacter spp., Streptococcus dos grupos B e D, Klebsiella pneumoniae, Proteus spp., Pseudomonas spp.³ e a Escherichia coli, que causa 70% a 85% dos casos de infecções do trato urinário.² Quando a bexiga é o órgão atingido, há um incômodo na região pélvica, dor ao urinar, urgência miccional, urina turva (presença de piúria) e com odor ou de coloração avermelhada (devido a presença de sangue), e neste caso, a febre não é comum.^2,4   Quando atinge o rim, ocorre dor lombar com irradiação para o abdômen, simulando uma cólica ⁴ e febre elevada, na maioria dos casos superior a 38ºC.² O diagnóstico da presença de ITU baseia-se nos sinais clínicos do paciente, firmado por exames laboratoriais,⁵ caracterizada na presença significativa de bactérias na amostra de urina obtida de forma asséptica. ^4,5 A triagem dos casos de ITU pode ser realizada através do exame EAS (Elementos Anormais e Sedimentoscopia),³ que inclui as análises física, química e microscópica da urina.⁵ Os demais exames que compõem o diagnóstico são, urocultura, teste de sensibilidade in vitro a antimicrobianos (TSA) ou antibiograma, como é conhecido, hemocultura ² e exames de imagem, nos casos de ITU complicada.¹ O tratamento inicia-se após a infecção urinária ser confirmada pelos exames que avaliam a sensibilidade e o perfil microbiológico dos agentes etiológicos, com medicamentos escolhidos de forma criteriosa, baseando-se na resposta terapêutica. ^1,4 Alguns deles são, Amoxicilina, Ciprofloxacina, Ampicilina, Nitrofurantoína e Cefalexina.⁶ Conclusão: A ITU necessita de um diagnóstico preciso, identificando o agente causador e a terapêutica com medicamentos específicos e corretos, para que não ocorra nenhum tipo de complicação com o paciente.