ABORDAGENS CIRÚRGICAS NO TRATAMENTO DA DISFUNÇÃO TEMPOROMANDIBULAR: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores

  • Kauana Kern Unidade Central de Educação FAI Faculdades-UCEFF/Itapiranga, RS, Brasil.
  • Edemar Fronchetti Junior Unidade Central de Educação FAI Faculdades-UCEFF/Itapiranga, RS, Brasil.

Palavras-chave:

Articulação Temporomandibular, Síndrome da Disfunção da Articulação Temporomandibular, Dor Facial

Resumo

Introdução: Disfunção temporomandibular (DTM) refere-se a sinais e sintomas que envolvem distúrbios da Articulação Temporomandibular, músculos da mastigação e estruturas associadas.  A DTM é caracterizada por: dores musculares, na face, cabeça, região pré-auricular, ruídos articulares, outros. Objetivo: Analisar as principais abordagens cirúrgicas utilizadas no tratamento da DTM. Metodologia: A metodologia utilizada foi uma revisão bibliográfica, com busca de artigos em português, inglês e espanhol nas bases de dados Pubmed, Scielo e Lilacs, no período de 2018 a 2025. Resultados e discussão: Para diagnosticar DTMs é necessário avaliar: anamnese, exame clínico intraoral, extraoral, exames físico e complementares. O tratamento das DTMs inicialmente é feito com terapias não cirúrgicas, como: dispositivos interoclusais, fisioterapia, laserterapia, terapias farmacológicas e orientações ao paciente. Entretanto, caso o resultado do tratamento inicial seja insatisfatório, considera-se técnicas terapêuticas de maior complexidade: manipulação mandibular assistida com aumento de pressão hidrostática (MMAAPH) (deslocamento do disco com ou sem redução - fase aguda), artrocentese e artroscopia (casos semelhantes a MMAAPH e casos crônicos), artrotomia (ancoragem do disco, reposicionamento discal, discectomia, tuberculotomia, condilectomia). Ainda, para casos de doença terminal da ATM, é possível substituí-la por prótese, através de procedimento cirúrgico. Considerações finais: A associação de técnicas terapêuticas é a melhor opção para tratar DTMs e técnicas cirúrgicas devem ser empregadas somente após descartarem-se terapias clínicas conservadoras ou quando estas não tiverem o efeito esperado.

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Publicado

2025-12-20

Edição

Seção

Artigos