RELAÇÃO ENTRE RESPIRAÇÃO BUCAL E A MÁ OCLUSÃO DENTÁRIA – UMA REVISÃO DE LITERATURA
Palavras-chave:
Respiração Bucal, Má Oclusão, Desenvolvimento Craniofacial, Obstrução NasalResumo
Introdução: O ato de respirar ocorre fisiologicamente pelo nariz, proporcionando a filtragem do ar, regulação da temperatura e umidade, além de auxiliar no desenvolvimento adequado da face e da arcada dentária. Entretanto, um dos principais hábitos bucais deletérios em crianças é a respiração bucal, que geralmente resulta em obstruções nas vias aéreas superiores e favorece a passagem do ar pela boca. Objetivo: Apresentar as principais causas e consequências do padrão respiratório bucal, relacionando-o com a má oclusão dentária, a fim de favorecer o correto diagnóstico e tratamento. Métodos: Foram analisados 15 artigos científicos, de bases nacionais e internacionais, publicados entre 2009 e 2025, além de um estudo observacional longitudinal. Resultados: A literatura demonstra que a respiração bucal persistente influencia diretamente no crescimento craniofacial. Essa condição pode acarretar alterações posturais da cabeça e do pescoço, repercutindo no posicionamento dentário e no desenvolvimento das arcadas. Crianças respiradoras bucais tendem a apresentar padrão facial vertical, com face longa e estreita, palato ogival e mandíbula retraída. A hipertrofia de adenoides e amígdalas é apontada como a principal causa dessa alteração, embora fatores alérgicos e ambientais também estejam relacionados. Considerações finais: A respiração bucal interfere no crescimento facial e no posicionamento dentário, prejudicando o sucesso dos tratamentos ortodônticos e aumentando o risco de recidiva se não for tratada. A intervenção precoce, por meio de uma abordagem multidisciplinar entre ortodontistas, otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos, é fundamental para prevenir complicações, reduzir impactos e promover um desenvolvimento facial equilibrado e saudável.
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