SÍFILIS CONGÊNITA: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

Ciência da Saúde

Autores

  • Paola Eduarda Uceff

Resumo

Introdução: A sífilis congênita é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pelo Treponema pallidum que quando não tratada pode comprometer os órgãos internos como coração, fígado e o sistema nervoso central.¹ A sífilis congênita ocorre quando a bactéria passa da mãe para o bebê durante a gravidez ou o parto, devido tratamento inadequado da mãe e em outros casos, falta de conhecimento sobre este assunto.¹ Em sua maioria são assintomáticos, porém, na fase precoce da doença o recém-nascido pode apresentar algumas manifestações clínicas, tais como prematuridade, anemia, baixo peso, sofrimento respiratório, lesões cutâneas. Já na fase tardia, manifestada a partir dos dois anos de idade, ocorrem deformidades ósseas, surdez, entre outros.² Objetivo: O objetivo do estudo foi avaliar o diagnóstico e tratamento da sífilis congênita. Método: Foi realizada uma revisão de literatura, na base de dados SciELO, utilizando as palavras-chave Sífilis congênita, Treponema pallidum e teste Venereal Disease Research Laboratory (VDRL), selecionando trabalhos a partir da leitura do resumo e dos títulos, acesso público e últimos 6 anos de publicação (2019 a 2025). Resultados e discussão: A sífilis congênita pode ser diagnosticada através da pesquisa do Treponema pallidum. Vem sendo notificado casos desde 1986.(4) Alguns testes podem ser feitos, como os sorológicos, VDRL e Reagina Plasmática Rápida (RPR) (não treponêmicos); e TPHA FTA-Abs e ELISA (treponêmicos).³ Testes sorológicos no cordão umbilical também podem ser realizados para identificação de sífilis no bebê, bem como o exame radiográfico, que auxilia no diagnóstico, podendo ter como alteração: osteocondrite (condição que afeta a cartilagem dos ossos), periostite (inflamação do periósteo, camada externa dos ossos) e osteomielite  (infecção dos ossos).³ Na gestação, o teste utilizado entre o primeiro e o terceiro trimestre é o VDRL.² Ao diagnosticar o microrganismo na gestante, o tratamento já é realizado para prevenção do feto. Quanto mais cedo for identificada, menores as  chances de ter a transmissão ao filho. O tratamento constitui na utilização de penicilina cristalina, por ter uma capacidade maior de atravessar a barreira hemato-encefálica, via endovenosa, podendo variar entre 10 a 14 dias.³ Além deste medicamento, caso a mãe tenha hipersensibilidade, o tratamento é realizado com ceftriaxona e azitromicina, considerados de segunda linha para a sífilis congênita.³ A penicilina cristalina é considerada eficaz para o tratamento de mãe e parceiro.4.Conclusão: O Treponema pallidum é o microrganismo causador da sífilis congênita, sendo que, por meio de exames, como os testes sorológicos, pode ser identificado na gestação, sendo o padrão-ouro para tratamento das gestantes a penicilina cristalina. Considerando que, a sífilis pode ser identificada logo no início da gestação, podendo então ser tratada de forma precoce com o auxílio da medicação

Referências

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Publicado

2025-12-20

Edição

Seção

Resumo Expandido/Resumos