ILUMINAÇÃO INTEGRATIVA APLICADA EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA PESSOAS IDOSAS COM DEMÊNCIA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA
Resumo
A adequação da iluminação em Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) caracteriza-se essencial para a regulação dos ritmos circadianos, especialmente entre residentes idosos com demência. A luz atua como o principal sincronizador do relógio biológico, influenciando funções fisiológicas e comportamentais, como o sono e os níveis de atividade. Contudo, os ambientes internos dessas instituições geralmente apresentam níveis luminosos insuficientes para manter o sincronismo circadiano, agravando-se diante de fatores como idade avançada, limitações funcionais e alterações visuais relacionadas ao envelhecimento. Estima-se que entre 40% e 70% das pessoas idosas sofrem distúrbios do sono, com maior prevalência entre aqueles com demência. Assim, a iluminação integrativa — que considera os efeitos visuais e não visuais da luz — apresenta-se como alternativa promissora para promover a qualidade de vida e o bem-estar de residentes e profissionais. Por meio de uma revisão integrativa da literatura, foram analisados 2.641 estudos publicados entre 2018 e 2024 pelo portal de Periódicos CAPES, dos quais 15 atenderam aos critérios de inclusão. As evidências demonstram que sistemas de iluminação integrativa favorecem a regulação do ritmo circadiano, melhoram a qualidade do sono, reduzem a agitação e podem retardar o declínio cognitivo em pessoas idosas com demência, especialmente as que residem em ILPIs. Como resultado, foram propostas diretrizes de projeto para ILPIs capazes de reproduzir os ciclos naturais de luz e escuridão, ajustando-se às necessidades individuais dos residentes e colaboradores das instituições. A adoção dessas estratégias mostram-se eficazes no apoio ao envelhecimento saudável e à manutenção da saúde mental em contextos institucionais.