Resumo
A arquitetura, compreendida como mídia ativa na construção de conhecimento, é transformada pela incorporação das tecnologias digitais, transformando os ambientes em espaços híbridos e responsivos. Contudo, persiste uma lacuna teórica entre psicologia ambiental, neuroarquitetura e Cognição 4E (enativa, incorporada, embutida e estendida), que concebe a cognição como processo distribuído entre corpo, ambiente e tecnologia. Este estudo propõe um framework teórico integrador para a análise da cognição ambiental em contextos arquitetônicos mediados por tecnologias. Adota-se revisão crítica de literatura e análise comparativa das dimensões da Cognição 4E à luz da relação pessoa-ambiente. Os resultados evidenciam que corpo, espaço e artefatos tecnológicos formam uma rede interdependente de significados, cuja compreensão integrada é essencial para superar abordagens fragmentadas. O framework oferece parâmetros conceituais aplicáveis à pesquisa empírica e à prática projetual, ampliando o potencial dos espaços híbridos para promover bem-estar, engajamento e circulação de conhecimento o que contribui para debates contemporâneos em arquitetura, ciência cognitiva e áreas correlatas