Resumo
Por muito tempo a educação brasileira não foi pensada para todos os cidadãos. As pessoas de classe abastadas, mulheres, negras ou com deficiências, não poderiam ter participação social, por não possuírem as qualidades, habilidades masculinas e o poder financeiro. A escrita do trabalho iniciou através do contato com a Literatura da Nísia Floresta intitulado “Direitos das mulheres e injustiça dos homens” de 1889, que apresenta reivindicações e historização da educação no brasil de negação a direitos para grupos excluídos pelo sistema Brasileiro para as mulheres. A escolarização dos surdos também perpassou por desafios e mudanças. O presente trabalho apresenta uma pesquisa bibliográfica sobre os processos de escolarização dos Surdos no Brasil e no mundo, que desencadeou atrasos no processo educacional do surdos por muito tempo. O processo de escolarização por algumas décadas foi pensado por ouvintes, baseado em concepções de caridade e imposições na escolarização de surdos. Essa educação perpassou por fases obscuras de silenciamentos do meio de comunicação e das culturas existentes entre os pares linguísticos - baseadas que a fala deve ser predominante - oralista, surge um movimento contra esse noção de educação e inicia a liberação de uso da língua de sinais para a comunicação mas com um clausura de também utilizar a língua majoritária local - iniciando a concepção da Comunicação Total e depois por lutas realizadas pela comunidade surda por respeito linguístico, cultural e social, surge a concepção do Bilinguismo, que está regente nos dias atuais. A educação de surdos tem um enorme discrepância no Brasil, em suma os responsáveis pela educação no Brasil não compreendem as especificidades didático-pedagógicos, linguísticas e culturais dos surdos, por pensar numa ótica ouvintista. Pela essa falta de investimentos, formações e estruturas bilíngues, corrobora para uma educação que não seja igualitária e de qualidade para pessoas surdas.
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