Revista Saberes e Sabores Educacionais
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<p>A Revista Saberes e Sabores Educacionais (ISSN 2369-263X)é um periódico anual do curso de Pedagogia do Centro Universiário FAI que tem por objetivo contribuir para o diálogo transdisciplinar, focando-se nas áreas de direitos humanos, educação integral, formação de professores, práxis educacional e interculturalidade, educação inclusiva, aprendizagem, tecnologias da informação e comunicação, políticas educacionais e inter/transdisciplinariedade destinado à publicação de artigos científicos e revisões bibliográficas que descrevam a produção de conhecimentos a partir de pesquisas originais desenvolvidas no meio acadêmico englobando os diversos atores de instituições de Ensino Superior e da sociedade em geral visando, sobretudo, a divulgação de conhecimento científico e a aproximação entre a IES e a sociedade.</p> <p>Todos as publicações devem compartilhar resultados originais de pesquisas científicas e acadêmicas, como também estar embasados, obrigatoriamente, em um referencial teórico</p> <p>Indexadores:</p> <p><a href="https://diadorim.ibict.br/handle/1/3302" target="_blank" rel="noopener">Diadorim</a></p>pt-BRRevista Saberes e Sabores Educacionais2359-263XALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO CIENTÍFICO E OS MOVIMENTOS ANTICIÊNCIA NO PROCESSO DE FORMAÇÃO INICIAL DOS PROFESSORES DE CIÊNCIAS DA NATUREZA EM TEMPOS DE PANDEMIA
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/9
<p><span style="font-weight: 400;">No ano de 2020, observamos o nosso mundo mudar completamente, com o surgimento de um vírus que se espalhou no globo provocando inúmeras mortes e milhões de contaminados; com isso o desenvolvimento das tecnologias no meio educacional sofreu uma grande transformação com o crescente uso de instrumentos digitais.</span><span style="font-weight: 400;"> O professor teve que se adaptar a era digital experimentando, pesquisando e elaborando planos de aula mais dinâmicos, com emprego de ferramentas tecnológicas estimulando os alunos a buscarem, conhecimento e informações sobre o ensino de Ciências Naturais; sendo necessária a construção de uma estrutura geral que favoreça a aprendizagem significativa do conhecimento historicamente acumulado e a formação de uma concepção de Ciência, suas relações com a Tecnologia e com a Sociedade. Não basta fazer uso das TIC, é necessário que essa utilização contribua positivamente no aprendizado e na formação de cidadãos críticos capazes de discernir e fazer uso consciente das tecnologias que tem em mãos.</span></p>Rosângela Maria Flores Schwengber
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2025-02-252025-02-25116068O JOGO MATEMÁTICO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS
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<p>O projeto "Jogo matemático de perguntas e respostas" propõe uma abordagem inovadora para enfrentar desafios comuns encontrados no ensino da Matemática, especificamente no que diz respeito à memorização de fórmulas e conceitos abstratos, como os conceitos de função afim. Diante da dificuldade dos alunos em assimilar e aplicar esses conceitos de forma tradicional, surge a ideia de utilizar uma dinâmica de jogo de perguntas e respostas para promover um aprendizado mais dinâmico, colaborativo e eficaz. O projeto tem como objetivo geral promover um ambiente de aprendizagem participativo, onde os alunos possam fortalecer seu entendimento dos conceitos matemáticos, desenvolver habilidades colaborativas e sociais, e engajar-se de forma ativa no processo de aprendizagem. Para alcançar esse objetivo, foram estabelecidos objetivos específicos, tais como implementar a dinâmica do "Quiz Matemático", elaborar perguntas relacionadas ao conteúdo, estimular a participação dos alunos, e avaliar o desempenho ao longo do projeto. Ao promover o trabalho em equipe, a comunicação e o raciocínio crítico, o projeto busca criar um ambiente estimulante e inclusivo, onde os alunos sintam-se motivados a aprender e a colaborar uns com os outros.</p>Aldair SilvaAnando Galvão
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2025-02-252025-02-251188103 SOFRIMENTO PSÍQUICO DE ESTUDANTES DE ENSINO MÉDIO E SUA RELAÇÃO COM O DESEMPENHO ESCOLAR SOB O OLHAR DOS PROFESSORES
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/1236
<p> </p> <p>O artigo em pauta resulta de pesquisa de campo realizada na modalidade de grupo focal, com professores que atuam em uma escola pública de ensino médio no Oeste do Estado de Santa Catarina. O objetivo foi investigar como os professores identificam a presença de angústia existencial e preocupações com o sofrimento humano de estudantes de ensino médio e como estes sentimentos aparecem enquanto geradores de sofrimento psíquico que repercute em risco à saúde mental, comprometendo seu desempenho escolar. A metodologia de coleta dos dados envolveu atividades em 5 encontros, com 10 professoras que atuam no ensino médio, com duração aproximada de 60 minutos cada encontro. A participação ocorreu por adesão voluntária. A investigação realizada possui caráter exploratório e natureza qualitativa. A análise dos dados segue a perspectiva da Análise Textual Discursiva. A orientação teórico-metodológica é a hermenêutica. A adolescência é um período complexo da vida que coincide com a escolaridade do ensino médio. Nela, afloram sentimentos de diferentes naturezas com os quais os estudantes nem sempre sabem lidar, demandando que os adultos que estejam próximos compreendam e os auxiliem na travessia deste mar revolto. Nesta fase, também emerge o sofrimento psíquico e crises existenciais manifestos em atitudes concretas na escola, com as quais os educadores nem sempre se sentem preparados para lidar. Ter conhecimento e sensibilidade para identificar e intervir no momento adequado podem ser mecanismos importantes para que os estudantes se sintam acolhidos, desejem aprender e melhorem seu desempenho na aprendizagem.</p>Rosilei dos Santos Rodrigues KeplerArnaldo Nogaro
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2025-10-092025-10-0911224241FOUCAULT: GOVERNAMENTALIDADE E EDUCAÇÃO CONTEMPORÂNEA
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<p>Neste artigo são apresentados e discutidos brevemente noções da teoria de Michel Foucault sobre governamento e governamentalidade. A partir do referencial foucaltiano e seus comentadores, explicita-se a íntima relação entre a governamentalidade e a educação contemporânea. O objetivo é mostrar a contribuição desse referencial teórico para as pesquisas em educação, a fim de compreender as atuais configurações da escola. Partindo do entendimento dessas noções é possível entender a escola como fruto das relações históricas de poder e subjetividade, sendo assim, permitido pensá-la sob um novo olhar, uma nova perspectiva de futuro</p>Joce Daiane Borilli Possa
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2025-08-212025-08-2111196207UM OLHAR REFLEXIVO EM RELAÇÃO Á CRIANÇAS COM AUTISMO NO ÂMBITO ESCOLAR
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<p>O presente estudo evidencia uma reflexão em relação a inclusão de alunos com TEA (Transtorno do Espectro Autista) no ensino regular, busca compreender a inclusão bem como os reflexos de aprendizagens e sociabilização no espaço escolar. Percebe-se que há um crescente reconhecimento em relação ao tratamento do autismo e sua importância e eficácia de perceber as necessidades do indivíduo bem como do contexto familiar. Pretende-se conhecer e analisar as diferentes formas de tratamento disponíveis na atualidade, com ênfase numa visão geral sobre os aspectos positivos e as limitações das diferentes mediações, um assunto que de certo modo abarca um grande público. O TEA é considerado um transtorno de neurodesenvolvimento com diferentes formas de tratamento. O envolvimento familiar e sua indispensabilidade no desenvolvimento da criança, valores, interação social e comportamental. Em outros termos, um tipo de intervenção pode funcionar até determinados períodos, bem como alguns permanecem de forma eficaz por mais tempo. O espaço escolar e profissionais precisam buscar maneiras de contribuir de forma positiva bem como a família necessita colaborar de forma pertinente.</p>Diovana da Silva
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2025-02-252025-02-25112639INCLUSÃO DE REFUGIADOS NAS REDES PÚBLICAS DE ENSINO NO BRASIL, EM ESPECIAL DO MUNICÍPIO DE ITAPIRANGA, SC
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<p>A movimentação de pessoas de ambientes e territórios que antes as abrigava para novos ambientes gera processos de imigração e também de refugiados. Por isso, políticas de acolhimento, de inclusão e de inserção em ambientes escolares também é importante como processo de implantação da cidadania dessas populações. Sendo assim, o objetivo geral do trabalho foi pesquisar as principais estratégias e políticas adotadas pelas redes públicas de ensino no Brasil para a inclusão de refugiados e, em especial do município de Itapiranga, SC. Esta pesquisa adquire relevância acadêmica, na medida em que desenvolve contribuições teóricas e práticas para avaliação e fortalecimento de políticas de inclusão social de refugiados e imigrantes em redes públicas de ensino, principalmente no sentido de qualificar relações humanas em ambiente escolar. A metodologia de pesquisa utilizada é bibliográfica e documental sendo que o tratamento dos dados se deu de forma qualitativa. Se conclui que a inclusão de refugiados em redes públicas de ensino, demanda atenção para assegurar que as escolas ofereçam o suporte ideal para transpor as barreiras linguísticas e culturais para fortalecer o desempenho e a convivência em ambientes escolares.</p>Rosinéia Fátima ResendeEliézer Pandolfo da SilvaRúbia Marta Cadore AlbarelloVianei Luís Hammerschmidt
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2025-08-202025-08-2011179195LAÇO DE AMOR NA EDUCAÇÃO INFANTIL: FAMÍLIA E ESCOLA
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<p>O presente trabalho relata a experiência vivenciada no projeto de estágio que teve como foco a sensibilização das relações familiares com o entorno escolar, abordando sobre o conceito de afetividade diante do convívio familiar em relação ao entorno escolar. O projeto foi realizado com processos articulados e em etapas. Primeiramente realizou-se o período de observação e de diagnóstico com uma turma do pré, nível dois, da Educação Infantil, na sequência promoveu-se o período de prática acadêmica com os estudantes e a realização dos conceitos acerca da família e escola, possibilitando uma aproximação familiar com o desenvolvimento infantil e o protagonismo, obtendo resultados positivos. Repensar, ressignificar e reconciliar constituíram-se princípios básicos do meio ativo, base de todas as etapas. A prática voltada ao sentimentalismo e o afeto, a formação do pensamento familiar acerca do educando, a compreensão e o papel ativo da família, possibilitando uma aproximação dos entornos família e escola.</p>Jekcilhane RigoRitieli Anese
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2025-02-252025-02-2511111PRINCÍPIOS E FUNDAMENTOS DA GESTÃO ESCOLAR PARTICIPATIVA
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/1189
<p>Este texto discute a gestão escolar participativa e democrática, no ambiente educacional. Esse modelo de gestão fortalece o engajamento da comunidade escolar, permitindo que todos contribuam com suas habilidades e conhecimentos, criando um ambiente de aprendizado colaborativo e melhorando a eficácia da equipe escolar. Essa abordagem adapta-se às diversas necessidades sociais, tornando as escolas mais inclusivas e eficazes na preparação dos estudantes para os desafios do século XXI. Para implantar a gestão escolar participativa, é essencial entender seus princípios fundamentais, como a valorização da participação democrática, transparência nas decisões e responsabilidade compartilhada. Isso requer ajustes nas estruturas de poder e reconhecimento das instancias democráticas já constituídas no ambiente escolar. É crucial reconhecer o papel de todos os atores da comunidade escolar na tomada de decisões, desde professores e funcionários até pais e alunos. Embora haja desafios, como resistência à mudança, estratégias formação contínua para gestores, comunicação clara e diálogo aberto são fundamentais. A pesquisa utiliza uma metodologia qualitativa e bibliográfica para analisar e sintetizar criticamente o conhecimento disponível, contribuindo para novas interpretações e avanços no campo educacional. A gestão escolar participativa enfrenta desafios, mas oferece grandes vantagens, como práticas pedagógicas inovadoras, melhor desempenho e cria maior comprometimento. Promove transparência, confiança e habilidades de liderança, criando um ambiente colaborativo e saudável. A gestão participativa adapta-se melhor às dinâmicas da comunidade escolar e melhora os resultados de aprendizagem.</p>Raquel Hammerschmitt KayserRubia Marta Cadore AlbarelloLuciane Franciele Goergen KobsVianei Luís Hammerschmidt
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2025-08-202025-08-2011140160EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS: DECOLONIALIDADE E INTERCÂMBIO NO BRASIL
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<p>Neste trabalho, analisam-se aspectos relacionados às vivências, experiências e identidades de um intercambista em dois momentos: antes e depois de sua chegada ao Brasil. Por meio da análise de narrativas de vida (MACHADO, 2016; CARVALHO, 2016), utilizando dados gerados via formulário do Google e uma entrevista semiestruturada, conjecturam-se aspectos coloniais, bem como aspectos identitários acerca da recepção e acolhimento de alunos oriundos de outros países nas Instituições de Ensino Superior (IES) do Brasil. Como arcabouço teórico, pondera-se acerca de estudos concernentes à decolonialidade (MALDONADO-TORRES, 2018; WALSH, 2010) e identidades (HALL, 2007; WEISS, BESSA E CANDIAN, 2020). Por meio da análise, considera-se ímpar que as mudanças no que se refere ao processo de imersão operam como molas propulsoras para a instabilidade e constituição das identidades dos intercambistas. A experimentação de práticas coloniais, contudo, leva à iminência da decolonialidade, sobretudo nas instituições de ensino. Sob a ótica decolonial, situações equânimes podem ser vivenciadas, alterando o cenário atual de vozes do Sul.</p>Hiago Lima
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2025-02-252025-02-25116987A FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES NO PERÍODO DA PANDEMIA - PARA ALÉM DO USO DAS TECNOLOGIAS
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/1194
<p>O trabalho ora proposto coloca em evidência a precisão inadiável do uso das tecnologias nas redes educacionais, derivadas da realização de aulas on-line durante a pandemia, quando os profissionais de educação precisaram se reinventar e transformar suas práticas pedagógicas, visando a continuidade no atendimento educacional. Neste trabalho, objetivou-se refletir acerca da formação continuada como aporte à transformação das práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores da Educação Infantil durante este período. O percurso metodológico adotado foi a pesquisa bibliográfica e análise documental a partir do processo de formação continuada realizado pela rede municipal de Chapecó, Santa Catarina, Brasil, no ano de 2020. Destaca-se a relação dos modelos de formação continuada e das lógicas subjacentes a estes modelos, com os limites e possibilidades de transformação e reinvenção das práticas pedagógicas na Educação Infantil para a realização de aulas on-line. Há a necessidade de formação continuada não apenas para instrumentalização técnica dos professores ao uso das tecnologias, mas também para o desenvolvimento profissional e a construção da fluência digital, articulando os aspectos pedagógicos envolvidos na realização de aulas on-line, que demandam outras formas de atuação, sobretudo pelas especificidades do trabalho nesta etapa da educação. Tal mudança necessita da implementação de políticas públicas educacionais de qualidade, tanto para efetivar o uso das tecnologias, quanto para processos de formação continuada que de fato contribuam para a transformação das práticas pedagógicas.</p>Erone LannesJoce Daiane Borilli
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2025-08-212025-08-2111207223DA ILUSÃO DO DESENVOLVIMENTO À REALIDADE DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES: UM OLHAR CRÍTICO SOBRE A EDUCAÇÃO
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/1185
<p>O artigo analisa criticamente a trajetória da educação brasileira, destacando como o Estado, historicamente centralizador e autoritário, negligenciou políticas educacionais capazes de promover igualdade social. Partindo de um resgate histórico desde o “milagre econômico” da década de 1970, evidencia-se que, apesar de avanços econômicos, a educação permaneceu marcada por desigualdades, hierarquias e estigmas que refletem as estruturas de classes. Autores como Bourdieu, Althusser e Loreta Freitas fundamentam a discussão sobre a escola como aparelho ideológico, reproduzindo padrões culturais das elites e dificultando o acesso ao capital cultural pelas classes populares. A análise enfatiza a influência do entorno social e familiar no desempenho escolar e denuncia a “má-fé institucional” que transforma fracassos coletivos em falhas individuais. Conclui-se que, para construir uma educação inclusiva e transformadora, é necessário romper com modelos opressores e hierarquizados, reconhecendo e integrando as realidades externas à escola.</p>Laura Pieta CananEdson LopesLuciane Franciele Goergen Kobs
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2025-08-192025-08-1911132139CONSELHO DE CLASSE E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO: UM ESPAÇO DE DIÁLOGO PARA FORTALECER O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
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<p align="justify"><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">O presente artigo apresenta um recorte da pesquisa intitulado </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">“C</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">onselho de classe e a organização do trabalho pedagógico</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">”</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">, uma reflexão envolvendo </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">o processo ensino-aprendizagem</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;"> nos cursos técnicos integrados ao ensino médio de química e modelagem do vestuário</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">. Trata-se de um estudo de caso que se propõe a estudar à </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">realidade do IFSC, em espe</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">cial, </span></span> <span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>C</em></span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;"><em>ampus </em></span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">Jaraguá do Sul - </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">C</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">entro</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;"><strong>, </strong></span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">cujo </span></span> <span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;"> objetivo é compreender a dinâmica e estrutura do Conselho de Classe dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio do IFSC, visando transformá-lo em um espaço</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;"> diálogo</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;"> democrático e </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">participativo</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;"> de reflexão sobre as práticas pedagógicas</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">, onde os sujeitos do processo (professores e alunos) têm voz e vez</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">. A discussão proposta bu</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">sca refletir </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">o </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">C</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">onselho de </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">Classe</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;"> como sendo um processo metodológico e avaliativo que auxilia o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem. A pesquisa foi desenvolvida no decorrer do ano letivo de 2023 com a equipe multidisciplinar e docentes do IFSC – </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">C</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">ampus Jaraguá do Sul - </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">C</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">entro, mediante uma pesquisa interventiva e colaborativa com abordagem qualitativa da pesquisa-ação, na qual os envolvidos não apenas informaram e pensaram sobre a realidade da instituição, mas, também, agiram durante o processo da pesquisa. </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">O</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">s dados da pesquisa são </span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">oriundos</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;"> d</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;">a</span></span><span style="font-family: Calibri, serif;"><span style="font-size: medium;"> pesquisa bibliográfica, documental, diário de campo, círculos reflexivos, momentos de discussões e intervenções realizados com os envolvidos nos quais buscou-se investigar, interpretar e intervir na realidade que busca a sua melhoria e favorecendo novas mudanças a esse espaço de diálogos que ainda é visto como um processo burocrático e não como parte de um processo reflexivo sobre a prática pedagógica. </span></span></p>Kély Cristina ZimmermannSimão Alberto
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2025-02-252025-02-25114059EDUCAÇÃO INFANTIL: O CONTATO DA CRIANÇA COM A NATUREZA E O SENTIMENTO DE PERTENCIMENTO
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/1192
<p>O artigo discute a importância do contato da criança com a natureza e como essa relação contribui para o desenvolvimento integral, a consciência ambiental e o sentimento de pertencimento. A urbanização crescente e a redução de espaços naturais no cotidiano infantil têm limitado experiências fundamentais, resultando em impactos físicos, cognitivos e emocionais. Pesquisas apontam que a ausência desse vínculo pode levar ao chamado Transtorno do Déficit de Natureza (TDN), associado a problemas como obesidade, hiperatividade, déficit de atenção, miopia e desequilíbrio emocional. Por outro lado, experiências de cuidado e brincadeiras em ambientes naturais estimulam criatividade, autoconfiança, empatia e responsabilidade socioambiental. O texto ressalta que a educação infantil desempenha papel essencial ao proporcionar vivências com o meio ambiente que promovam aprendizagens significativas. Além da escola, o planejamento urbano e as políticas públicas são fundamentais para ampliar áreas de integração humano-natureza, fortalecendo a preservação ambiental e a qualidade de vida. Dessa forma, evidencia-se que promover o contato com a natureza desde os primeiros anos de vida é um fator determinante na formação de cidadãos mais conscientes, emocionalmente conectados ao meio ambiente e genuinamente engajados com práticas sustentáveis.</p>Lauriane Patricio BoenoElenice Ana KirchnerEliézer Pandolfo da Silva
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2025-08-202025-08-2011196204LETRAS E DIREITO: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR A PARTIR DA ANÁLISE DO DISCURSO DE “UNABOMBER”
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/988
<p>Neste artigo, apresentamos uma análise interdisciplinar envolvendo a área de Letras e do Direito a partir de um caso criminal conhecido como “Unabomber”. O objetivo, nesse aspecto, é demonstrar como a linguística e a área forense podem estar presentes em investigações de casos criminais envolvendo a linguagem, sendo ferramentas para solucioná-los.</p>Maria Clara da Silva Sartori BatistaMichele Schneiders
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2025-02-282025-02-2811122131AVALIAÇÃO FORMATIVA COMO RECURSO DIDÁTICO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA CONTEMPORÂNEA: REPENSANDO PRÁTICAS PÓS-PANDEMIA
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/508
<p>A educação a distância (EAD) desempenhou um papel significativo durante a pandemia de covid-19, destacando desafios e inovações, especialmente na área da avaliação formativa. Este artigo empreende uma investigação teórica para explorar avanços, entraves e perspectivas nesse contexto. A avaliação formativa, centrada no <em>feedback</em> contínuo para melhorar a aprendizagem ao longo do tempo, ganha destaque pós-pandemia devido à necessidade de estratégias avaliativas adaptáveis e personalizadas. A presente pesquisa foi realizada a partir de revisão bibliográfica de materiais impressos e virtuais relacionados ao campo sob exame. Os resultados apontam que, embora haja progressos, persistem desafios, como a escassez de interações sociais no ensino <em>on-line, </em>impactando o processo de aprendizagem. A avaliação formativa surge como essencial, não focando apenas em notas, mas no acompanhamento contínuo do progresso do educando na EAD.</p>Fábio Luiz Nunes
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2025-02-252025-02-25111325DESAFIOS PEDAGÓGICOS DA ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
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<p>Este trabalho tem como objetivo analisar como os fatores sociais, culturais e emocionais enfrentados pelos estudantes nos anos iniciais do Ensino Fundamental impactam no processo de alfabetização das crianças. Nesse sentido, construiu-se uma argumentação teórica a partir de uma pesquisa bibliográfica sobre o tema em questão. O trabalho adquire relevância acadêmica na medida em que apresenta estratégias fundamentais para melhorar a aquisição da leitura e escrita por meio de estratégias integradas para a efetividade da alfabetização e do letramento. Nesse sentido, além do papel da família, da sociedade e da escola, é importante que o professor em suas estratégias de ensino, atente para o acolhimento e fortalecimento emocional da criança, valorize a diversidade cultural para gerar processos de inclusão principalmente para aqueles que já vem com mazelas sociais e econômicas.</p>Jekcilhane RigoEliézer Pandolfo da SilvaMaria Bernadete MustifagaVianei Luís Hammerschmidt
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2025-08-202025-08-2011161178PROIBIR O CELULAR NAS ESCOLAS
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<p>A crescente presença dos dispositivos móveis na sociedade contemporânea levanta debates sobre sua inserção na educação. A proibição do uso de celulares nas escolas é uma medida recorrente em diversos sistemas de ensino, justificada por razões disciplinares, pedagógicas e psicológicas. No entanto, pesquisas indicam que os estudantes frequentemente transgridem essas normas, seja por tédio ou por necessidade de acesso a informações. Este artigo analisa as implicações dessa proibição a partir de uma abordagem crítica, explorando os impactos da restrição no processo educacional e as alternativas para a inclusão pedagógica dessas tecnologias. Ademais, propõe uma análise aprofundada das políticas internacionais sobre o tema e apresenta recomendações para um modelo híbrido de uso das tecnologias na educação básica.</p> <p> </p>Douglas Manoel Antonio de Abreu Pestana dos Santos
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2025-02-252025-02-2511104121EDUCAÇÃO INCLUSIVA E ESTIGMAS: PERSPECTIVAS PARA TRANSFORMAR A ESCOLA
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/1188
<p>O conceito de estigma está presente na sociedade desde a Grécia Antiga, quando, segundo Goffman¹, marcas simbólicas eram atribuídas aos indivíduos com o intuito de definir sua identidade social. Tais marcas tinham a função de acentuar as imperfeições daqueles que eram considerados diferentes, como os escravos, e ao longo da história mantiveram estreita relação tanto com a religião quanto com o Estado, já que essas instituições legitimavam a exclusão social dos “imperfeitos”¹. Entre os diferentes tipos de estigmas, Goffman¹ destaca os tribais, que se relacionam à raça, à nação e à religião, podendo ser transmitidos por linhagem e atingindo todos os membros de uma mesma família. Em todos os casos, entretanto, observa-se uma característica comum: o indivíduo que poderia ser facilmente integrado às relações sociais cotidianas é marcado por um atributo que atrai atenção excessiva, provocando o afastamento dos demais e anulando outros aspectos de sua identidade¹.No campo educacional, o estigma assume uma dimensão histórica, vinculando-se diretamente às práticas do Estado. O sistema escolar, longe de representar apenas um espaço democrático de inclusão, ainda reproduz mecanismos de segregação e exclusão que impedem a efetivação de uma educação acessível para todos. A ideia de uma escola inclusiva, embora difundida e romantizada como “educação para todos”, muitas vezes não se concretiza, uma vez que normas e estruturas tradicionais continuam a regular o espaço escolar¹. A globalização contemporânea, marcada pela rápida circulação de informações, inovações tecnológicas e transformações culturais, trouxe avanços significativos, como no campo da medicina, da comunicação e do transporte. Todavia, esses progressos não são igualmente acessíveis a todos os sujeitos, e a escola aparece como mediadora das desigualdades produzidas pelo próprio desenvolvimento social². Para que a educação acompanhe tais transformações, torna-se necessário não apenas inserir tecnologias e metodologias, mas também enfrentar os estigmas que ainda se perpetuam no cotidiano escolar, seja nas salas de aula, nos corredores ou nas práticas burocráticas da instituição². Um dos exemplos mais evidentes de estigmatização no ambiente escolar refere-se às pessoas com deficiência. Segundo Goffman¹, indivíduos que não correspondem plenamente às normas sociais vigentes são alocados na categoria de desviantes, visto que sua condição atrai atenção e desencadeia processos de afastamento. Dentro da escola, as deficiências visuais, auditivas, motoras ou intelectuais frequentemente são interpretadas como impedimentos à plena participação. Esse processo não apenas compromete a atuação desses estudantes nas atividades escolares, mas também afeta sua integridade psicológica, pois são condenados a um lugar de descrédito e isolamento¹. Nessa perspectiva, Goffman¹ sublinha que os “normais” e os “estigmatizados” não são indivíduos isolados, mas categorias interdependentes que só se constituem em situações sociais de contato. O estigma, portanto, não é apenas uma marca individual, mas um processo social em que todos os sujeitos participam em determinados momentos da vida. Assim, a escola, ao invés de ser um espaço de superação das diferenças, frequentemente reforça padrões normativos que acentuam a exclusão. Frente a esse cenário, Lacerda² destaca que a diversidade escolar deve ser entendida como riqueza, e não como obstáculo. Para tanto, a educação precisa ser repensada a partir de uma ética da diversidade, que valorize a pluralidade cultural e perceba cada aluno como legítimo em sua diferença. A superação do estigma no espaço escolar exige, portanto, um olhar diferenciado sobre os papéis sociais construídos na sociedade e um esforço coletivo para romper com normas e padrões que sustentam a exclusão². Conclui-se que a inclusão não pode se restringir a leis ou políticas educacionais, mas deve estar enraizada na prática cotidiana da escola. É necessário resgatar as diferenças como elementos constitutivos da vida em sociedade, reconhecendo a interdependência dos sujeitos e criando condições para que todos se tornem livres intelectual, social e corporalmente². A educação do futuro deve ser uma educação para a diversidade, pautada na ética e na cultura da pluralidade, de modo que cada estudante seja valorizado em sua história, cultura e ritmo de aprendizagem². Somente assim será possível projetar uma sociedade moldável, que reconhece a riqueza da diversidade e rompe com os estigmas ainda presentes no contexto escolar¹<sup>,</sup>².</p>Lauren Pieta CananLuciane Franciele Goergen Kobs
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2025-08-192025-08-1911EDUCAÇÃO COMO CAMPO DE DISPUTA: UMA ANÁLISE A PARTIR DE TONET, VIEIRA PINTO E FRIGOTTO
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<p>A educação, enquanto prática social, não se limita à mera transmissão de conhecimentos, mas se insere em um campo complexo de determinações históricas, ontológicas e políticas. A leitura das obras de Ivo Tonet<sup>1</sup>, Álvaro Vieira Pinto<sup>2</sup> e Gaudêncio Frigotto<sup>3</sup> permite estabelecer um diálogo produtivo entre concepções que, embora partam de enfoques distintos, encontram-se na compreensão da educação como fenômeno histórico e social fortemente marcado por interesses de classe. Em seu texto Tonet<sup>1</sup> inicia a reflexão a partir de uma perspectiva filosófico-ontológica, onde para o autor, a educação é inseparável do processo pelo qual o ser humano se humaniza, apropriando-se do patrimônio cultural acumulado. Contudo, tal apropriação não deve ser passiva - para ele, é necessário recriar e renovar o conhecimento, de modo que o indivíduo construa sua própria especificidade. A educação emancipadora, nesse sentido, rompe com a mera reprodução do saber e busca formar sujeitos capazes de agir criticamente diante de situações imprevisíveis. Contudo, o autor reconhece que, no contexto do trabalho alienado característico do capitalismo, a educação tende a ser capturada para fins de reprodução social, tornando-se instrumento de submissão ao sistema. Já Vieira Pinto<sup>2</sup>, na obra escolhida, amplia a discussão ao situar a educação como fenômeno histórico, social, existencial e cultural. Para o pesquisador, no plano individual, ela é um fato existencial, pois está presente na constituição da essência humana, no plano coletivo, - logo é um fato social, determinado pelos interesses e necessidades da comunidade. O autor ressalta que a educação é moldada pelos grupos que detêm o poder, podendo se configurar como privilégio de determinadas classes. Assim, a dimensão cultural da educação, embora abarque valores, crenças e práticas sociais, está condicionada ao grau de desenvolvimento e às estruturas de dominação vigentes, o que reforça a necessidade de compreendê-la no contexto das disputas políticas e sociais. Conectando-se aos dois autores já mencionados a obra de Frigotto<sup>3</sup> define a educação como campo de disputa hegemônica, pois o autor enfatiza sua dupla função: para a classe dominante, ela serve à formação técnica, social e ideológica voltada à manutenção da ordem capitalista. E para a classe trabalhadora, deveria ser um instrumento de desenvolvimento das potencialidades humanas e de apropriação do saber social. A dualidade da educação, segundo o autor, revela-se na sua subordinação estrutural ao capital, ainda que possa conter potencial emancipador. Ao discutir políticas como a expansão dos cursos técnicos, Frigotto problematiza se tais medidas respondem a uma lógica de qualificação subordinada ao mercado ou se podem abrir espaços para uma formação crítica. O diálogo entre os três autores permite identificar um núcleo comum: todos reconhecem a educação como prática social historicamente situada e permeada por interesses de classe. Tonet<sup>1</sup> oferece o fundamento ontológico e emancipador. Vieira Pinto<sup>2</sup> contribui com a compreensão histórico-cultural e a denúncia do caráter seletivo e excludente da educação. E Frigotto<sup>3</sup> explicita o embate político e econômico que estrutura o campo educacional. Juntos, mostram que a emancipação humana, embora possível, depende da superação das formas de alienação impostas pelo capital e da construção de práticas educativas que unam apropriação crítica do saber e transformação social. Assim, compreender a educação sob a ótica desses três pensadores implica reconhecê-la não apenas como instrumento de adaptação ao mundo existente, mas como campo de luta, criação e resistência. É nesse espaço de tensão entre reprodução e transformação que reside o desafio contemporâneo de pensar uma educação verdadeiramente emancipadora.</p>Lauren Pieta CananLuciane Franciele Goergen KobsEdson Lopes
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2025-08-192025-08-1911AS CIDADES EDUCADORAS: PERSPECTIVAS E EXPERIÊNCIAS
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<p>As transformações sociais, tecnológicas e culturais que marcam a contemporaneidade refletem-se diretamente na educação, que precisa se adequar constantemente ao contexto vigente¹. Nesse cenário, surge a concepção de cidade educadora, que ultrapassa sua função de mero espaço geográfico para tornar-se um território de formação cidadã e social². A ideia, inicialmente apresentada por Edgar Faure em relatório da UNESCO em 1972 como “cidade educativa”, consolidou-se como conceito em 1989, quando Barcelona assumiu pioneiramente a proposta, articulando educação formal, informal e não formal, em cooperação entre escolas, famílias, instituições culturais e associações³<sup>,</sup>⁴. O marco inicial da consolidação do conceito ocorreu em 1990, com o 1º Congresso das Cidades Educadoras em Barcelona, que resultou na Carta das Cidades Educadoras, documento que estabeleceu princípios fundamentais para a formação do perfil educativo das cidades: o direito à cidade educadora, o compromisso da cidade e o serviço integral às pessoas⁵<sup>,</sup>⁶. Posteriormente, em 1994, foi criada a Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE), no 3º Congresso realizado em Bolonha, Itália, como instância articuladora do movimento⁷. Atualmente, a AICE reúne 476 cidades em 37 países, incluindo o Brasil, que possui 15 cidades participantes distribuídas em diferentes regiões⁸. A proposta de cidade educadora pressupõe o compromisso político e público de planejar o espaço urbano visando à promoção da cidadania, da justiça social e do bem-estar coletivo em todas as suas dimensões⁹. Para além da teoria, são as experiências práticas que consolidam esse movimento. Barcelona, por exemplo, tornou-se referência internacional ao implementar ações integradas que articulam espaços públicos, culturais e educacionais¹⁰. No Brasil, destacam-se as cidades de Horizonte (CE) e São Paulo (SP). Horizonte assumiu-se como cidade educadora em 2016, com iniciativas como a Sala de Memórias de Queimadas, o Museu Comunitário, e a Eleição do Prefeito Mirim, que estimula a participação infantil na vida política e cidadã. Já São Paulo, uma das maiores metrópoles do mundo, desenvolve projetos que buscam integrar inclusão social, memória e lazer, como o Transcidadania, que promove a reinserção profissional e cidadã da população LGBTT em situação de vulnerabilidade; o Memória & Vida, que transforma o Cemitério da Consolação em espaço cultural; e o Ruas de Lazer, que fomenta atividades recreativas e esportivas no espaço público. Essas práticas exemplificam como diferentes contextos urbanos podem transformar-se em espaços educativos vivos, reafirmando o papel das cidades como protagonistas da formação cidadã e da promoção de uma educação integral. Diante disso, o movimento das cidades educadoras evidencia que o processo educativo não está restrito à escola, mas se amplia para toda a vivência urbana. Assumir a condição de cidade educadora implica em compromisso político, cultural e social, traduzido em práticas inovadoras que transformam o espaço urbano em um território formador de cidadania. Tanto no contexto internacional, como no nacional, observa-se que experiências diversificadas contribuem para a consolidação do ideal de cidade educadora como um projeto global, dinâmico e inclusivo.</p>Laura Pieta CananEdson LopesLuciane Franciele Goergen Kobs
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2025-08-192025-08-1911EDUCAÇÃO, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS: O PAPEL DO ESTADO E DA ESCOLA NA FORMAÇÃO DEMOCRÁTICA
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/1187
<p>O presente trabalho tem como objetivo articular dois referenciais teóricos que discutem a relação entre educação, cidadania e direitos humanos. O primeiro, de Candau, Andrade e Sacavino<sup>1</sup>, problematiza a necessidade da construção de uma cultura de direitos humanos por meio da educação e destaca a formação docente como elemento central nesse processo. O segundo, de Georgen<sup>2</sup>, aborda a educação como direito fundamental de cidadania, analisando o papel do Estado a partir das contribuições do pensamento contratualista. Ao colocá-los em diálogo, busca-se compreender como a efetivação do direito à educação depende tanto de políticas públicas estatais quanto da ação pedagógica comprometida com a promoção da cidadania e da democracia no espaço escolar. A educação constitui-se como um direito fundamental de cidadania e, ao mesmo tempo, como um espaço privilegiado para a construção da cultura em direitos humanos. No campo jurídico e político, desde a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), consolidou-se um conjunto de tratados, pactos e resoluções que orientam os Estados a assumirem responsabilidades concretas na promoção e garantia desse direito<sup>1</sup>. Nessa perspectiva, o papel estatal é essencial, pois cabe a ele garantir políticas públicas que assegurem o acesso e a qualidade da educação, compreendida como meio de formação da cidadania e da convivência democrática<sup>2</sup>. Georgen<sup>2</sup>, ao dialogar com pensadores do contrato social, como Hobbes, Locke, Rousseau e Kant, destaca que o Estado deve mediar as tensões entre liberdade individual e coletiva, promovendo condições justas de vida em sociedade. A educação, nesse contexto, aparece como instrumento central de conscientização, pois possibilita que os indivíduos reconheçam-se como cidadãos e participem ativamente da vida pública. No entanto, observa-se que, historicamente, o Estado nem sempre garantiu igualdade de acesso, muitas vezes restringindo oportunidades educacionais às elites econômicas, perpetuando desigualdades sociais<sup>2</sup>. Por outro lado, Candau, Andrade e Sacavino ressaltam que a efetivação dos direitos humanos exige mais do que legislações: requer a construção de uma cultura de direitos humanos no cotidiano escolar<sup>1</sup>. Isso demanda a formação inicial e continuada dos professores, de modo que sejam agentes multiplicadores capazes de articular práticas pedagógicas voltadas à cidadania, à democracia e ao respeito às diferenças. Assim, a escola torna-se espaço estratégico para romper preconceitos, discriminações e exclusões historicamente presentes na sociedade<sup>1</sup>. A aproximação entre os dois enfoques revela que a educação, enquanto direito garantido pelo Estado, só se concretiza plenamente quando articulada a uma prática pedagógica comprometida com os direitos humanos. Se, por um lado, o Estado é responsável por assegurar políticas públicas, por outro, o professor é mediador essencial na transformação da escola em espaço democrático de convivência e respeito. Portanto, pensar a educação como direito de cidadania implica compreender sua dupla dimensão: a política, vinculada às responsabilidades estatais, e a pedagógica, centrada na formação crítica de sujeitos de direitos.</p>Lauren Pieta CananLuciane Franciele Goergen Kobs
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2025-08-192025-08-1911“ESCOLA E DEMOCRACIA”: UM CLÁSSICO ATEMPORAL PARA O PENSAMENTO CRÍTICO NA EDUCAÇÃO
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/943
<p data-pm-slice="1 1 []">Esta resenha aborda a obra <em>Escola e Democracia</em>, de Dermeval Saviani, destacando sua relevância para o entendimento crítico das teorias educacionais. A análise explora os principais conceitos apresentados pelo autor, como as teorias não-críticas, crítico-reprodutivistas e a Teoria da Curvatura da Vara. Evidencia a atualidade do livro para os debates educacionais, reforçando sua importância na formação de educadores.</p>Tianey Weiss
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2025-02-252025-02-2511A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO FUNDAMENTAL
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/987
<p>O estudo pretende analisar como os professores utilizam a linguagem de programação em<br>conjunto com as TICs durante suas aulas, a fim de complementar os conhecimentos adquiridos<br>em sala de aula por um grupo de 15 alunos do ensino fundamental. Serão investigados as<br>abordagens variadas, os recursos tecnológicos empregados e os impactos dessas práticas no<br>processo de ensino e aprendizagem da disciplina. A pesquisa busca compreender de que<br>maneira as tecnologias podem ser efetivamente empregadas para criar um ambiente de ensino<br>mais dinâmico e envolvente. Além disso, procura-se identificar possíveis desafios e obstáculos<br>enfrentados pelos professores durante o processo de integração tecnológica. Vale ressaltar que<br>este estudo é conduzido como pesquisa de campo, utilizando uma abordagem qualitativa, que<br>se propõe a empregar métodos de coleta de dados que permitam uma compreensão aprofundada<br>e minuciosa das informações a serem obtidas.</p>Aldair SilvaAlberto Nairo
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2025-02-282025-02-2811EDUCAÇÃO PARA O CONSUMO COMO INSTRUMENTO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MAIS CONSCIENTE E SUSTENTÁVEL
https://revistas.uceff.edu.br/saberes-e-sabores/article/view/954
<p>Refletir, ler, escrever sobre a sustentabilidade tem se tornado um elemento indispensável quando intencionamos seguir a vida no nosso planeta. Talvez, iniciar assim seja um pouco trágico, mas é isso que realmente precisamos perceber e mesmo difundir. No presente trabalho destaca-se que a educação para o consumo desempenha um papel fundamental na construção de uma sociedade mais consciente e sustentável. Ao promover o aprendizado sobre os impactos do consumo inconsciente e as práticas responsáveis, podemos capacitar as pessoas a fazerem escolhas informadas e contribuir para um futuro melhor para todos. A educação envolve o ensino de habilidades e valores que promovem decisões de consumo responsáveis e informadas. Visto que sua finalidade é informar e aconselhar o consumidor/ser humano, com relação ao uso adequado dos produtos e serviços solicitados. Reconhece a vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo e preconizar uma ação governamental de proteção efetiva, além da educação e da informação de consumidores e fornecedores em relação aos seus direitos e deveres é fundamental. Nesse sentido, essa educação tem seus objetivos direcionados para o âmbito social e visa a reflexão e a mudança de atitude no comportamento do consumidor/cidadão. Seu objetivo é a construção de uma reflexão para a compreensão da importância do consumidor crítico como agente de mudança, e, por sua vez, das políticas públicas e educação ambiental e para o consumo na formação do consumidor crítico.</p>Jaíne Tereza AndresKurlan FreyVianei Luís HammerschmidtRubia Marta Cadore AlbarelloDomingos Luiz Palma
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2025-02-252025-02-2511