DA ILUSÃO DO DESENVOLVIMENTO À REALIDADE DAS INSTITUIÇÕES ESCOLARES: UM OLHAR CRÍTICO SOBRE A EDUCAÇÃO
Resumo
O artigo analisa criticamente a trajetória da educação brasileira, destacando como o Estado, historicamente centralizador e autoritário, negligenciou políticas educacionais capazes de promover igualdade social. Partindo de um resgate histórico desde o “milagre econômico” da década de 1970, evidencia-se que, apesar de avanços econômicos, a educação permaneceu marcada por desigualdades, hierarquias e estigmas que refletem as estruturas de classes. Autores como Bourdieu, Althusser e Loreta Freitas fundamentam a discussão sobre a escola como aparelho ideológico, reproduzindo padrões culturais das elites e dificultando o acesso ao capital cultural pelas classes populares. A análise enfatiza a influência do entorno social e familiar no desempenho escolar e denuncia a “má-fé institucional” que transforma fracassos coletivos em falhas individuais. Conclui-se que, para construir uma educação inclusiva e transformadora, é necessário romper com modelos opressores e hierarquizados, reconhecendo e integrando as realidades externas à escola.