RISCOS DO USO ALTERNATIVO DO CIGARRO ELETRÔNICO

Autores

  • Fernanda Pilatti Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.
  • Amanda Klosinski Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.
  • Eloize Specht Sander Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.

Resumo

Introdução: O uso de cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapers, tem aumentado significativamente, especialmente entre os jovens. Embora sejam frequentemente promovidos como uma alternativa menos prejudicial ao cigarro convencional, segundo a organização mundial de saúde (OMS), não existe comprovação científica dos benefícios dessas práticas, estudos recentes mostram que o cigarro eletrônico pode causar danos pulmonares sérios. Esses dispositivos contêm substâncias que, ao serem inaladas, afetam diretamente o sistema respiratório. Nos últimos anos surgiram relatos de estudos que mostram complicações pulmonares agudas e crônicas chamadas de EVALI (E-cigarette or Vaping product useAssociated Lung Injury). ³ Objetivo: Compreender as complicações pulmonares ao uso do cigarro eletrônico como alternativa ao convencional. Metodologia: Este trabalho foi conduzido por meio de uma revisão de literatura, para a pesquisa foram utilizados artigos científicos como base disponíveis online, Acervo mais, Scielo, Medline e Pubmed com foco em complicações respiratórias ao uso do cigarro eletrônico e substâncias químicas nos líquidos de vapers. Resultados e discussão: A lesão pulmonar associada ao uso do cigarro eletrônico EVALI

 

foi descoberta recentemente, por ter seu descobrimento precoce não se tem o mecanismo fisiopatológico totalmente esclarecido. Acredita-se que é utilizado acetato de vitamina E (AVE) e de outros metais pesados na composição dos cigarros eletrônicos. O AVE está presente no líquido dos cigarros eletrônicos e tem alta capacidade de penetrar o surfactante pulmonar, substâncias que é responsável por reduzir a tensão dos alvéolos pulmonares, como consequência pode reduzir a tensão dos pulmões promovendo a disfunção respiratória e com isso vem a EVALI que possui sintomas comuns como dor torácica, dispneia e tosse ². A correlação entre a exposição ao cigarro eletrônico e doenças pulmonares crônicas é devido a inflamação pulmonar. Com a EVALI em processo de esclarecimento o foco é dado a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que causa o estreitamento progressivo das vias aéreas, dificultando assim a respiração. Pelos mecanismos patológicos do cigarro eletrônico pode ser relacionado além da EVALI a DPOC¹. Conclusão: Embora tem-se poucos estudos referente as complicações do uso do cigarro eletrônico a longo prazo são evidentes e o prejuízo causado a saúde pode se tornar um problema que afeta muitos usuários desta prática.  É de extrema importância que mais estudos abordem o tema, tanto a curto quanto a longo prazo, a fim de orientar melhor a população para o uso do cigarro eletrônico, mesmo que como substituto do cigarro convencional.

Referências

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Publicado

2025-09-19

Edição

Seção

Eventos UCEFF - Resumo Expandido/Resumos