DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS RENAIS POR MEIO DA DOSAGEM SÉRICA DE DE UREIA

Autores

  • Amanda Kaimê Schmidt Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.
  • Taiane Schneider Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.

Palavras-chave:

Doenças renais. dosagem de uréia. problemas renais. tratamento.

Resumo

O exame de ureia no sangue, também conhecido como dosagem de ureia no sangue, é um procedimento laboratorial comum realizado para avaliar a função renal e a saúde geral dos pacientes. Ele mede os níveis de ureia, um produto de resíduos do metabolismo das proteínas, no sangue. A ureia é produzida pelo fígado a partir da quebra de proteínas e é excretada pelos rins.1 Sua preparação, em muitos casos, não é necessário um jejum prolongado. No entanto, o médico pode fornecer instruções específicas, como não comer proteínas pesadas antes do exame. A amostra utilizada é o plasma do sangue contendo EDTA (ácido etilenodiamino tetra-acético) a 10%. Para análise, uma das técnicas utilizadas é a reação enzimática, nesse método, uma enzima chamada urease é adicionada à amostra de plasma ou soro. A urease catalisa a conversão da uréia em amônia e dióxido de carbono. A amônia resultante da reação enzimática é detectada através de métodos espectrofotométricos.2 Isso envolve medir a absorção de luz em uma determinada frequência (comprimento de onda) pela amônia. A concentração de amônia está diretamente relacionada à concentração de ureia original na amostra. O equipamento de laboratório compara a absorção de luz da amostra com a de um conjunto de padrões de referência com concentrações conhecidas de ureia. Isso permite que o sistema calcule a concentração de uréia na amostra. Com base na absorção de luz medida e nos cálculos realizados, o equipamento de laboratório gera o resultado do exame, expresso em unidades de medida como mg/dL (miligramas por decilitro). Os resultados do exame são interpretados por um profissional de saúde, como um médico. Os valores de referência podem variar, mas os níveis de ureia no sangue na faixa de 7 a 20 mg/dL são considerados geralmente normais.3 Valores fora dessa faixa podem indicar problemas renais ou outras condições médicas.4 A taxa de filtração glomerular (TFG) realizada com com amostras de sangue, irá estimar uma média da depuração de uma substância que é filtrada livremente pelos glomérulos e não sofre reabsorção ou secreção tubular.5 No teste da ureia, os aminoácidos produzidos pelo catabolismo protéico são desaminados com a produção de amônia.6 Esta substância constitui a maior parte do nitrogênio não proteico do sangue. Após ser completamente sintetizada pelo fígado, a uréia é transportada através do plasma até os rins, onde é filtrada pelos glomérulos. No caso da amônia, ela é reabsorvida e levada ao fígado onde é convertida em uréia. Os níveis de uréia plasmática dependem da função renal, do conteúdo protéico da dieta e do nível de catabolismo proteico, do estado de hidratação do paciente e da presença de sangramento intestinal.7 No entanto, apesar destas limitações, os níveis de ureia ainda podem ser utilizados como preditores de insuficiência renal sintomática e para estabelecer um diagnóstico para diferenciar as diversas causas de insuficiência renal.8 Um aumento na ureia sérica não é um forte sinal de lesão renal; no entanto, tende a seguir passivamente a reabsorção de sódio, que aumenta quando o líquido circulante diminui, de modo que a função renal pode ser avaliada pela dose de ureia, pois as pessoas além apresentar aumento na gliconeogênese, esses indivíduos são propensos à desidratação devido ao aumento da energia necessária para manter a atividade muscular.6 A hiperuricemia, definida como excesso de ácido úrico no sangue, é considerada uma doença renal com diferentes tipos de lesões (glomerulares, tubulares, intersticiais ou vasculares) resultando em níveis elevados de uréia plasmática. O uso da uréia como indicador da função renal é limitado pela variabilidade nos resultados da função renal devido a fatores não renais. Existem três tipos de níveis elevados de uréia: pré-renal, renal e pós-renal.9 Conclusão: As variações das concentrações séricas dos exames são de grande importância para o diagnóstico de várias manifestações clínicas. Dentre os exames mais solicitados pelos Médicos, determinam a presença de insuficiência renal e manifestações clínicas de doenças renais. É de grande responsabilidade do profissional de análises clínicas o diagnóstico, para iniciar o tratamento adequado ao paciente.

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Publicado

2024-04-15

Edição

Seção

Resumo Expandido