O IMPACTO DA SÍFILIS GESTACIONAL E SÍFILIS CONGÊNITA: UM DESAFIO PARA A SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

Autores

  • Gabrieli Fernanda Barbieri Hartmann Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.
  • Fernanda Pilatti Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.
  • Liziara Fraporti Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil.

Palavras-chave:

sífilis, sífilis gestacional, sífilis congênita

Resumo

Introdução: A sífilis é uma doença infecciosa sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum. A transmissão ocorre por via sexual quando não há o uso de preservativo, via vertical ou transfusão sanguínea contaminada.Recentemente houve um aumento na incidência de sífilis gestacional e congênita no Brasil, indicando uma reemergência da infecção no país.³ Quando a infecção ocorre na gestação, pode acaretar eventos adversos maternos e neonatais como aborto espontâneo, natimorto ou morte infantil precoce.4 Objetivo: Identificar através de uma revisão bibliográfica o impacto da sífilis gestacional e congênita na saúde pública, através de uma revisão de literatura. Método: O presente trabalho foi realizado através de um estudo descritivo não experimental do tipo de revisão de literatura. Para a pesquisa foram utilizados os principais bancos de periódicos disponíveis online, Pubmed, Scielo e Brazilian Journal of Development. Foram selecionados oito artigos em língua inglesa e portuguesa. Como estratégia de busca, foram utilizadas as seguintes palavras-chave: sífilis; sífilis gestacional; sífilis congênita. Resultados e Discussão: As estimativas mundiais evidenciam que, anualmente, aproximadamente 2 milhões de casos de sífilis gestacional (SG) ocorrem no mundo.² No Brasil, a doença persiste como um grave problema de saúde pública, principalmente na população materno-infantil.¹ Em 2020, no Brasil, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 61.127 casos de sífilis gestacional (SG), com taxa de detecção de 20,8 casos a cada mil nascidos vivos e a mortalidade por sífilis congênita (SC), de 5,9 óbitos para cada mil nascidos vivos.² A sífilis congênita manifesta-se durante a gestação de uma mulher reagente para sífilis, a disseminação de T.pallidum para o feto ocorre por uma invasão da placenta e do cordão umbilical, ocasionando a transmissão vertical da doença, podendo levar a resultados fetais graves durante a gestação.²-5 Em gestantes não tratadas, a transmissão vertical pode chegar a 100% dos casos e, em gestantes tratadas, este risco cai para 1 a 2%.³ O diagnóstico é realizado por volta da 18ª a 22ª semana de gestação, quando há uma resposta imunológica fetal exacerbada ao quadro infeccioso, por meio de testes sorológicos não treponêmicos, como VDRL e testes treponêmicos, como o FTA-ABS.5-6 O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível com injeção de penicilina benzatina, com o intuito de prevenir a transmissão vertical. O parceiro sexual também deverá ser testado e tratado a fim de evitar a reinfecção da gestante.7 Segundo SOARES e AQUINO (2021), um estudo realizado no estado da Bahia (Brasil), durante o período de 2007 a 2017, apontaram que a qualidade da atenção pré-natal no país não é satisfatória, considerando as consultas pré-natais, o início do acompanhamento (realização de exames de rotina e as orientações), estrutura e no desenvolvimento das ações prestadas no pré-natal.8 Conclusão: Devido a doença ser um grave problema de saúde pública por falta de informações e qualidade ao pré-natal, ações de prevenção e controles devem ser adotadas, pois a sífilis gestacional é uma doença tratável, consequentemente, a sífilis congênita pode ser evitada. 

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Publicado

2024-04-15

Edição

Seção

Resumo Expandido