MICROAGULHAMENTO NA ESTÉTICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores

  • Jhenifer Lorenzetti Unidade Central de Educação FAI Faculdades UCEFF
  • Roberta Filipini Rampelotto Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/Itapiranga, SC, Brasil
  • Nathália Picoli UCEFF, Chapecó/SC
  • Taiane Schneider Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/Itapiranga, SC, Brasil

Palavras-chave:

Microagulhamento, estética, colágeno, rejuvenescimento

Resumo

Introdução: O microagulhamento é uma terapia que envolve o uso de dispositivos contendo agulhas finas dispostas em fileiras, que penetram uniformemente na derme, criando lesões controladas.1 Essas lesões estimulam um processo de cicatrização rápido, desencadeando a produção de fibras de colágeno e elastina, o que resulta na remodelação da pele.1 Consiste num tratamento na área da dermatologia desde a década de 90, e tem sido explorado para uma ampla variedade de aplicações, desde o rejuvenescimento da pele até o tratamento de cicatrizes de acne e cirúrgicas, rugas, problemas de pigmentação, melasma, poros dilatados e até mesmo para administração transdérmica de medicamentos.2 Objetivo: Avaliar informações disponíveis na literatura sobre o microagulhamento na área da estética. Método: Realizou-se uma revisão sistemática, utilizando a base de dados United States National Library of Medicine (PubMed), envolvendo os termos "microagulhamento", "colágeno" e "rejuvenescimento", e seus respectivos descritores em inglês. Os critérios de inclusão envolveram a leitura do título, selecionando aqueles com o tema proposto, publicados entre 2018 e 2023, e com acesso ao texto completo. Foram selecionados 9 artigos para a pesquisa. Resultados e Discussão: A técnica de microagulhamento, que utiliza agulhas para o tratamento não ablativo da pele foi inicialmente descrita por Orentreich em 1995.3  Esse processo envolve a criação de um trauma controlado na pele, estimulando a formação de tecido conjuntivo para preencher a lacuna criada.3 Um dos dispositivos utilizados para realizar o método são rollers, como o Dermaroller®, um rolo que possui microagulhas.4 No intuito de facilitar a aplicação, surgiram as canetas elétricas, como a Dermapen®, aparelho que realiza a movimentação das agulhas, sendo necessário que o profissional apenas direcione as áreas de tratamento, com ponteiras descartáveis, atualmente mais empregadas devido à praticidade na execução.5 O tamanho das agulhas e as profundidades alcançadas têm impacto nos resultados e podem variar de 0,5 a 3 mm.6,7 Após o procedimento, é comum que a pele fique sensível e apresente vermelhidão, cuja duração é influenciada pela área tratada, profundidade atingida e condições individuais do paciente.6,7 Os cuidados pós procedimento incluem hidratação da pele, uso de protetor solar e evitar exposição solar.7 Existem certas condições que são contra-indicadas, como infecções cutâneas locais, presença de herpes ativa, propensão a desenvolver quelóides, problemas de cicatrização ou coagulação e casos de dermatite ativa.8 Algumas intercorrências e complicações também podem ocorrer pós-procedimento.9  As mais comuns incluem vermelhidão, inchaço e dor temporária; efeitos menos frequentes são hiperpigmentação, pele seca, aumento dos gânglios linfáticos e dermatite; e efeitos graves e raros são a formação de cicatrizes em forma de trilho e reações granulomatosas.9 Conclusão: O microagulhamento é um procedimento estético minimamente invasivo que demonstra eficácia na estimulação do colágeno na pele, resultando em benefícios para o rejuvenescimento. Este tratamento é efetivo para uma variedade de condições dermatológicas, incluindo cicatrizes de acne e estrias, bem como linhas de expressão e rugas, e tem como vantagem sua rápida recuperação pós-tratamento, juntamente com uma baixa incidência de efeitos colaterais.

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Publicado

2023-07-17

Edição

Seção

Resumo Expandido