TRATAMENTOS ALTERNATIVOS PARA PACIENTES COM PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA

Autores

  • Clarisse de Fátima Guerra Liberalesso UCEFF/ Itapiranga
  • Taiane Schneder
  • Neila Aparecida Oro
  • Renata Saurin

Palavras-chave:

Terapias Complementares, Assimetria Facial, Procedimentos, Paralisia Facial Periférica

Resumo

Introdução: Uma patologia que compromete o bem-estar dos pacientes, por alterar as expressões faciais, é a Paralisia Facial Periférica (PFP), a qual ocorre pela lesão do VII par de nervos cranianos que se originam por traumas, tumores, causas congênitas, infecciosas e idiopáticas.1-2  A PFP pode ser definida como uma interrupção das informações nervosas motoras para os músculos faciais, alterando as mímicas faciais e os diversos processos orais, tais como fala, deglutição e mastigação1. A maioria das causas evoluem satisfatoriamente, com índices de 85 % dos casos sem sequelas e outros 15 % evoluem com sequelas.2.  Objetivo:  Analisar na literatura tratamentos e procedimentos alternativos que auxiliam a recuperação dos pacientes acometidos por PFP. Método: O presente estudo se refere a uma revisão bibliográfica, sendo que a análise foi de artigos e periódicos encontrados nas plataformas científicas como SCIELO, Google Acadêmico e e PubMed. A pesquisa selecionou dez artigos publicados entre 2006 a 2022 que abordam o uso de terapias em PFP, utilizando as palavras chaves, paralisia facial periférica, terapias complementares, assimetria facial e procedimentos. Resultados e Discussão: Foi possível encontrar e analisar três procedimentos que são:  a Toxina botulínica (TXB-A), sua ação ocorre na membrana pré-sináptica dos neurônios motores, impedindo a liberação de acetilcolina nas junções neuromusculares, ocasionando o relaxamento muscular 3. A TBX-A é utilizada para tratamentos estéticos como linhas de expressão e assimetrias faciais, por isso é indicada para o tratamento de PFP 3-4.  Em estudos a TXB-A foi usada como complemento para diminuir a hiperatividade do lado não paralisado e melhora da harmonização facial, sendo que o paciente obteve um resultado satisfatório 5. Os fios de polidioxanona (PDO) são monofilamentos sintéticos, absorvíveis e preparado a partir do poliéster 6.  Apresentam-se não alergênicos e também não piogênicos, resultando em aumento celular devido a cicatrização, permitindo uma melhora na qualidade e firmeza tecidual 7. Em um relato de experiência descreve a evolução de uma paciente acometida pela PFP e submetida a procedimentos de aplicação com fios de PDO,  observou-se após aplicação  uma melhora gradativa na motilidade e redução da PFP 6-7. O  laser de baixa intensidade produz  ATP nas mitocôndrias celulares  aumentando a síntese proteica, sua aplicação na PFP causa  aceleração do crescimento dos axônios, mielinização, regeneração após lesões e manutenção da atividade funcional nervosa, que se traduzem em efeitos anti-inflamatórios e regenerativos 8. Um protocolo de quatro sessões de laserterapia com intervalo de 48h, obteve uma melhora significativa desde a primeira sessão e por um período de quarenta dias de controle clínico a paciente apresentou movimentos da musculatura facial normalizado 9-10, os quais recuperaram seus gestos com desaparecimento da sincinesia, dos distúrbios de sensibilidade da face e hipertonia9-10. Conclusão: As terapias alternativas  como: TXB-A, fios de PDO e laserterapia são de baixo índice de  efeitos colaterais, e mostraram serem eficazes quando aplicadas como complemento de tratamento medicamentoso resultando numa melhora significativa da simetria facial, devolvendo a autoestima  dos pacientes com PFP.

PALAVRAS-CHAVE: Paralisia Facial Periférica. Terapias complementares. Assimetria Facial. Procedimentos.

 

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Publicado

2023-07-17

Edição

Seção

Resumo Expandido