MECANISMO DE AÇÃO DA TOXINA BOTULÍNICA TIPO A

Autores

  • Thaís Dalpias Unidade Central de Educação FAI Faculdades –UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil
  • Liziara Fraporti Unidade Central de Educação FAI Faculdades –UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil
  • Fernanda Pilatti Unidade Central de Educação FAI Faculdades –UCEFF/ Chapecó, SC, Brasil
  • Tamara Trevisan Unidade Central de Educação FAI Faculdades –UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil
  • Renata Saurin Unidade Central de Educação FAI Faculdades –UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil
  • Neila Aparecida Oro Unidade Central de Educação FAI Faculdades –UCEFF/ Brasil

Resumo

Introdução: A toxina botulínica tipo A (TBA) é uma substância de extrema importância no campo do rejuvenescimento facial. Com sua capacidade de atuar sobre os neurotransmissores, ela se tornou uma técnica não invasiva relevante nos tempos atuais.¹ A TBA é produzida pela bactéria gram-positiva e anaeróbica Clostridium botulinum, é provocada a inibição da liberação exocitótica da acetilcolina nos terminais nervosos motores, resultando na redução da contração muscular.² Objetivo: Descrever mecanismo de ação da toxina botulínica tipo A. Método: Foi realizada uma revisão da literatura com o objetivo de identificar estudos que abordassem o mecanismo de ação da toxina botulínica tipo A (TBA). A busca foi conduzida em bases de dados científicos, como PubMed, Scielo e Google acadêmico utilizando palavras-chave relacionadas à TBA e seu mecanismo de ação. Resultados e Discussão: A toxina botulínica tipo A atua bloqueando a transmissão neuromuscular. Ela se liga aos receptores terminais dos nervos motores, penetra no nervo terminal e inibe a liberação de acetilcolina. Quando  administrada por via intramuscular em doses terapêuticas, a toxina promove uma denervação química parcial do músculo, resultando na redução localizada da atividade muscular.³ É importante ressaltar que a ação da TBA é temporária, uma vez que o organismo possui a capacidade de regenerar os terminais nervosos e restaurar a função muscular. Como resultado, os efeitos da TBA são transitórios e requerem reaplicações periódicas para manter os resultados desejados.4 É inicialmente sintetizada como uma proteína de 150 kDa, que posteriormente sofre uma modificação pós-translacional, resultando em uma cadeia pesada de 100 kDa e uma cadeia leve de 50 kDa, unidas por uma ponte dissulfeto. A cadeia pesada tem a função de se ligar aos neurônios pré-sinápticos na junção neuromuscular, facilitando a entrada da cadeia leve no citoplasma celular. Dentro da célula, a cadeia leve de cada tipo de toxina botulínica tem como alvo um componente do receptor de proteína de ligação do fator sensível ao meio N-etilmaleimida solúvel (SNARE), ao qual ela se liga e inativa, interrompendo assim a função do SNARE complexo.6 Ela é internalizada por meio da endocitose, sendo transportada para o endossomo e, posteriormente, para o citossoma. Esse processo de internalização da TBA parece estar relacionado a um sensor de pH, que é ativado quando o pH é igual ou inferior a 5,5. Essa ativação auxilia na mudança da configuração da molécula da toxina botulínica.5 A duração do efeito da toxina botulínica é temporária, variando de 6 semanas a 6 meses. Essa duração pode ser influenciada por fatores como sexo, idade, patologia associada e até mesmo a formação de anticorpos. Geralmente, os melhores resultados são observados entre 2 a 3 meses após a aplicação da toxina.5 TBA aprovadas pela ANVISA incluem Botox, Xeomin, Prosigne, Dysport, Botulift, Botolim e Nabota.7 Conclusão: A toxina botulínica é eficaz nos tratamentos estéticos, o mecanismo de ação inclui o bloqueio de liberação de acetilcolina e assim relaxando os músculos tratados. Além de estar altamente ligada com a auto estima dos pacientes.

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Publicado

2023-07-17

Edição

Seção

Resumo Expandido