VARÍOLA DOS MACACOS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Autores

  • Daniele Milani Stival Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.
  • Taiane Schneider Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.

Palavras-chave:

monkeypox, varíola dos macacos, epidemia

Resumo

INTRODUÇÃO: A varíola dos macacos é endêmica em vários países da África Central e Ocidental, transmitida pelo vírus monkeypox, a sua transmissão ocorre em seres humanos através do contato direto com sangue, fluidos corporais, lesões cutâneas ou mucosas de animais infectados, através do contato com secreções respiratórias ou objetos contaminados (BRASIL et al., 2022). Recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS)  declarou um surto de monkeypox em 16 países de regiões diferentes,onde a doença era considerada erradicada desde 1980 (ONU, 2022). OBJETIVO: Buscar estudos recentes sobre a varíola dos macacos e seus surtos. MÉTODOS: O estudo se caracteriza por uma revisão bibliográfica, onde foi utilizado a base de dados SciELO, usando os descritores, monkeypox e varíola dos macacos, sendo selecionados apenas artigos publicados no ano de 2022. RESULTADOS: A Monkeypox possuí um período de incubação entre 6 e 13 dias, caracteriza-se por um período de febre, cefaleia, linfadenopatia, astenia e mialgia, seguido de erupções cutâneas, na região da face, extremidades, mucosa oral, genital, conjuntiva e córnea (SOUSA; SOUSA; FRONTEIRA, 2022). Ainda, há relatos que a conjuntivite possa ser um sintoma potencial da monkeypox (MUNGMUNPUNTIPANTIP, 2022). Na Nigéria, um surto (2017-2018), mostrou uma concentração de casos em áreas urbanas, entre homens jovens, as quais ocorriam anteriormente entre crianças e em áreas rurais, sugerindo uma transmissão ao contato com animais.  A mudança do perfil epidemiológico fomentou a hipótese do aumento da transmissão inter-humana  e de disseminação por meio do contato sexual (BRASIL et al., 2022). Entre 7 e 25 de maio de 2022, 86 casos de monkeypox foram registrados no Reino Unido, sendo 66 reportados em homens gays, bissexuais e homens que fazem sexo com homens (HSH). Outro estudo de maior abrangência, com dados de 16 países, revelou que dos 528 casos de monkeypox analisados, 98% eram de homens gays e bissexuais. A monkeypox não é uma infecção sexualmente transmissível (IST), embora possa ser transmitida através do contato íntimo durante a relação sexual, quando há uma erupção cutânea ativa. No entanto, a OMS emitiu recomendações voltadas exclusivamente para essa população (CANAVASE et al.,2022). A imunização contra varíola é 85% efetiva para prevenção de monkeypox, porém desde 1980 a vacinação sistemática foi interrompida. A vacinação em massa não está atualmente recomendada pela OMS e a contenção da transmissão é feita por medidas de vigilância em saúde. A vacinação é indicada apenas para contactantes próximos, como, profissionais de saúde e de laboratório (BRASIL et al., 2022). Estudos genómicos provenientes de casos da Bélgica, França, Alemanha, Portugal e Estados Unidos sugerem que os novos casos da atual epidemia “fora da África” estavam ligados a viagens à África Ocidental. (BRASIL et al., 2022).

CONCLUSÃO: A varíola dos macacos, considerada uma doença erradicada,  após 42 anos retorna em países desenvolvidos. São necessários mais estudos para elucidar a causa do ressurgimento da Monkeypox, seus sintomas e para esclarecer as formas de transmissão, visto que vários estudos relatam uma  maior contaminação entre HSH, gays e bissexuais, mas não expõem o mecanismo de ação dessa doença.

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Publicado

2024-04-15

Edição

Seção

Resumo Expandido