v. 3 (2024)
Artigos

EFEITO DO NÚMERO DE LACTAÇÕES NA INCIDÊNCIA DE CETOSE NO PÓS-PARTO

Manuela Nair Becker
Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.
Émil Eyng Eidt
Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.
Jeferson Marion
Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.
Jean Carlos Eidt
Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.
Fernanda Rosa
Unidade Central de Educação FAI Faculdades – UCEFF/ Itapiranga, SC, Brasil.

Publicado 12/16/2024

Resumo

As exigências metabólicas das vacas leiteiras são cada vez maiores, devido à maior produção leiteira.  Um período crítico na produção, é o pós-parto, onde o animal entra em balanço energético negativo e passa a mobilizar gordura que o fígado converte em corpos cetônicos. A elevação deles desencadeia a cetose, uma enfermidade silenciosa que posteriormente traz prejuízos na vida leiteira da fêmea. Objetiva-se, com o estudo, determinar a incidência de cetose subclínica e clínica durante o período pós-parto e se há influência do escore de condição corporal dos animais (ECC), evidenciando em qual lactação e dia pós-parto há uma maior incidência. Utilizou-se um rebanho de vacas holandesas inseridas em regime intensivo, divididas em quatro grupos, conforme o número de lactações, avaliou-se o ECC e a ocorrência de cetose, através da aferição da concentração do Betahidroxidobutirato (BHB). A maior incidência ocorreu nas fêmeas de terceira lactação seguidas das primíparas. Houve maior quantidade de casos diagnosticados no terceiro e quinto dia pós-parto e o quanto maior o ECC, maior foi a possibilidade de desenvolver cetose. Isso pode explicar a maior prevalência de primíparas, que tinham um ECC maior. A avaliação do BHB foi eficiente para diagnosticar a cetose subclínica precocemente, o ECC e a produção, número de lactações, são fatores pré- disponentes para a ocorrência de cetose.