FATORES QUE INFLUENCIAM NA SATISFAÇÃO NO TRABALHO: UM ESTUDO COM PROFISSIONAIS QUE ATUAM EM AGROINDÚSTRIAS

Resumo

INTRODUÇÃO: O ambiente organizacional sofreu mudanças em ritmo acelerado na última década, e assim temas voltados à satisfação, bem-estar e qualidade de vida no trabalho vem sendo discutidas pelo grande impacto que pode causar para as empresas. Nesse sentido, se os colaboradores não estão satisfeitos e motivados, implicara-se no rendimento e no não alcance das metas e objetivos, e por fim acarretar na eficiência e eficácia operacional. Assim, a organização que investe em seus colaboradores investe no próprio sucesso, uma vez que contribui para a diminuição do nível de estresse, absenteísmo, doenças ocupacionais, rotatividade de pessoas e custos financeiros com seleção e treinamento de novos funcionários. OBJETIVO: Identificar como se encontra a satisfação dos trabalhadores que atuam em Agroindústrias do Estado de Santa Catarina. MÉTODOS: A pesquisa classifica-se como um estudo teórico-empírico, de objetivo descritivo, abordagem quantitativa, com uma amostragem não probabilística por meio do método bola de neve. Para a coleta de dados utilizou-se o questionário aderente à Escala de Satisfação no Trabalho (EST), desenvolvido e validado por Siqueira (2008), com o objetivo de avaliar o grau de satisfação do trabalhador em cinco dimensões: satisfação com colegas, satisfação com o salário, satisfação com a chefia, satisfação com a natureza do trabalho e satisfação com as promoções. O questionário foi estruturado em 25 questões, cuja escala varia de 1 a 7 pontos. Acrescentou-se à escala 5 questões relacionadas aos dados demográficos e funcionais de interesse da pesquisa. A população da pesquisa é definida como todos os profissionais que atuam em Agroindústrias no Estado de Santa Catarina, assim, a coleta de dados se deu através de uma survey online no período de 28 de julho a 25 de agosto de 2022. Obteve-se uma amostra de 305 respostas válidas. Posteriormente, os dados coletados foram tabulados e analisados utilizando-se de ferramentas de estatística descritiva, contendo o percentual e os valores mínimos e máximos observados. RESULTADOS: No que tange a análise do perfil dos respondentes, evidenciou-se que 56,4% dos entrevistados são do gênero feminino, 37,7% dos respondentes possuem de 26 a 35 anos, 60% é casado (a) e/ou mora com um (a) companheiro (a), 24,9% possuem o Ensino Médio completo e 63% dos respondentes possuem um salário de R$ 1.212,00 a R$ 3.636,00. Constou-se, que de modo geral, os profissionais que atuam em agroindústrias estão satisfeitos, essencialmente com os laços de afetividade entre os colegas (escore médio 5,42), chefia (escore médio 5,67) e a natureza do trabalho (escore médio 5,6). Em relação ao contexto organizacional, foi apontado sentimento de indiferença nas dimensões salário (escore médio 4,18) e promoções (escore médio 4,44). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em linhas gerais, pode-se inferir que o nível de satisfação no trabalho dos profissionais que atuam em pode ser classificado como satisfatórios, principalmente nos laços de afetividade entre chefia, natureza do trabalho e colegas, porém, necessita-se melhorias no contexto organizacional, no que tange as promoções e salário. Nas organizações, o foco nos recursos humanos é uma estratégia plausível para alcançar uma maior vantagem e melhores indicadores empresariais.