EDUCAÇÃO FINANCEIRA E O COOPERATIVISMO DE CRÉDITO: UM ESTUDO COM ACADÊMICOS DE UM CENTRO UNIVERSITÁRIO DO OESTE DE SANTA CATARINA

Resumo

INTRODUÇÃO: Diante de uma sociedade de consumo, a educação financeira vem ganhando destaque, uma vez que a população apresenta carência de gestão das finanças pessoais e com isso apresenta como consequência o endividamento financeiro (OLIVEIRA; CORREIA, 2019). Possuir acesso à educação financeira é importante para qualquer indivíduo, portanto quando o assunto está relacionado a uma cooperativa de crédito esse acesso se torna ainda mais relevante. Visto que para um associado cooperado a necessidade da educação financeira passa a ser ainda maior, pelo fato de que todas as decisões da cooperativa terão que passar por ele para serem aprovadas (MUNDES, 2019). Este acesso à educação financeira é tão importante pelo fato de que os indivíduos passam a entender melhor os conceitos sobre o tema e sobre os serviços financeiros (CAMARGO et al., 2020). OBJETIVO: Dessa forma, o estudo possui como objetivo geral identificar o conhecimento/entendimento dos acadêmicos pesquisados sobre a educação financeira e o cooperativismo de crédito.  MÉTODOS: Quanto aos aspectos metodológicos, o estudo se caracteriza como teórico-empírico, tendo como abordagem quantitativa, no qual se trata de um levantamento survey. O levantamento de dados foi apurado através de um questionário aplicado aos acadêmicos dos cursos de graduação de um centro universitário localizado no extremo oeste de Santa Catarina. RESULTADOS: O nível de conhecimentos financeiros que os acadêmicos possuem, sendo a maioria destes com 41,28% se consideram razoavelmente seguros em relação aos seus conhecimentos os quais declaram que possuem o conhecimento necessário para o gerenciamento de suas finanças e 32,11% são pouco seguros e relatam que gostariam de ter um nível maior de conhecimentos, verifica-se ainda que a maioria dos respondentes não utilizam ferramentas para seus controles financeiros sendo 32,11% dos respondentes e após isto a ferramenta mais utilizada é as anotações em cadernos com 26,61%. Tendo em vista as participações em capacitações por cooperativa de crédito chegam a 71,56% dos acadêmicos que nunca participaram, os acadêmicos que já participaram dão um total de 26,61% e os que não participaram, mas já tiveram oportunidade somam um total de 1,83%. Com estes dados verifica-se que poucos acadêmicos já participaram de alguma capacitação e com isso se explica o porquê apenas 8,3% dos acadêmicos obtém conhecimentos por uma cooperativa, pois muitos não tiveram a oportunidade de participarem de alguma capacitação feita por uma cooperativa de crédito. Com relação aos princípios do cooperativismo verifica-se que possuem uma boa parte de acadêmicos que veem que aplicam totalmente os princípios com 32,11%, como também possui 31,19% dos respondentes que verificam que aplicam parcialmente. Com 18,35% afirmam que deveriam aplicar mais e com 17,43% relatam que não sabem responder à questão e 0,92% acreditam que não aplicam os seus princípios, com isso somando estas três alternativas chega-se a um total de 36,70% dos respondentes os quais acreditam que as cooperativas não estão aplicando bem os seus princípios e deveriam aplicar mais. Com base na pesquisa verifica-se que o cooperativismo de crédito faz a diferença em meio as sociedades, sendo que boa parte dos acadêmicos veem diferença nas cooperativas de crédito, mas ainda boa parte também não percebe bem os diferenciais. Contudo vê-se que os estudantes possuem uma carência quanto a conhecimentos quando se trata sobre este assunto, pois mais da metade deste tem como perfil de equilibrados financeiramente e com 22,94% são endividados sendo um número maior do que os com perfil de investidor. CONCLUSÃO: Entre os principais resultados, observa-se que 32,11% estão pouco seguros em relação aos seus conhecimentos financeiros, 32,11% não utilizam ferramentas para acompanhar seu planejamento financeiro pessoal, 71,56% nunca participaram de nenhuma capacitação da educação financeira prestada pelas cooperativas de crédito, 44,95% vem pouca diferença entre as cooperativas e os bancos, 58,72% possuem como perfil de equilibrados financeiramente. Além disto, uma pequena parte de respondentes possuem perfil de investidor, os quais se planejam para realizar seus sonhos, objetivos e a aposentadoria e se tiverem algum imprevisto em suas vidas iriam conseguir arcar com estes imprevistos. Dessa forma, os resultados revelam que os acadêmicos possuem pouco conhecimento/entendimento sobre a educação financeira e o cooperativismo de crédito.