Resumo
INTRODUÇÃO: A cultura da aveia caracteriza-se como uma alternativa para uso de pastagens no inverno brasileiro. Além da produção de forragem, pode ser utilizada para a produção de grãos ou para sistemas de cobertura de solo em períodos entressafra, geralmente consorciada com outras espécies de plantas. Destaca-se que o uso dessa gramínea como planta de cobertura ou de pastoreio, apresenta um elevado potencial para crescimento da área cultivada. Porém, é necessária grande quantidade de sementes, que de maneira geral tem apresentado baixa qualidade de germinação, que dificulta o acesso a avanços genéticos, assegurando maiores produtividade. Estudos apontam que o poder germinativo de grande parte das sementes utilizadas para semeadura no Sul brasileiro, classifica-se entre uma faixa entre 60 a 70% (SCHUCH et al. 2000). OBJETIVO: Analisar a qualidade da germinação de sementes salvas de aveia no Oeste Catarinense. MÉTODOS: Para o desenvolvimento da pesquisa foram adquiridas sementes salvas com os produtores de aveia do extremo oeste Catarinense. Na oportunidade foram adquiridas sementes provenientes dos municípios de Itapiranga, São João do Oeste, Iporã do Oeste, Descanso e Tunápolis. Após, deu-se início ao teste de germinação, que ocorreu no laboratório de Fitotecnia do Centro Universitário FAI, de Itapiranga, Santa Catarina. O experimento contou com 5 grupos de sementes, cada grupo proveniente de um município diferente, sendo realizado em folhas de Papel Germitest, onde foram distribuídas uniformemente 50 sementes em cada folha, realizando 8 repetições para cada, totalizando 400 sementes por grupo. O experimento contou com 40 parcelas no total. Após a distribuição das sementes no papel Germitest, estes foram fechados e identificados de acordo com o seu respectivo grupo, sendo colocados na incubadora BOD durante 7 dias, com temperatura estável de 23°C. Ao final do período, foi realizada a contagem das plântulas, e também de sementes não germinadas. Os resultados foram comparados e submetidos ao Teste de Tukey com nível de variância a 5%. RESULTADOS: Os resultados obtidos foram satisfatórios, considerando que ambos os grupos obtiveram mais de 70% de germinação. O Grupo de sementes B, proveniente do munícipio de Descanso, atingiu 95% de germinação; sendo seguido pelo grupo C, de Itapiranga, com 85% de germinação; Grupo A, de Iporã do Oeste, com 84%; Grupo E, de São João do Oeste com 80% e o Grupo D de Tunápolis, com 73% de germinação. Pelos resultados obtidos no teste, é possível perceber que há alta qualidade genética dos materiais avaliados, o que leva a pressupor que os materiais obtenham, consequentemente, bons resultados em campo se forem submetidos a condições favoráveis de ambiente. Contudo, sabe-se que a interação genótipo x ambiente define o fenótipo, ou seja, caso as sementes sejam expostas a condições ambientais variáveis, a germinação e emergência poderão apresentar um potencial diferente ao demonstrado em laboratório. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Em resumo, podemos concluir que os grupos de sementes que tiveram melhor taxa de germinação foram o grupo B, C e A, dos municípios de Descanso, Itapiranga e Iporã do Oeste respectivamente, obtendo mais de 80% de germinação.