v. 1 n. 2 (2022)
Relatos de Pesquisa

UROLITÍASE EM OVINOS

Marieli Freus
uceff-itapiranga
ISSN 2764-9199

Publicado 10/04/2022

Resumo

A criação de ovinos possui sua característica própria para produção de alimentos, já que, quando comparado a outras espécies produtoras de carne, possui um número reduzido, além de ser um animal de estimação para muitos criadores, esses pontos fizeram que se criasse um certo vínculo que fizesse o proprietário buscar atendimento ao rebanho principalmente por causas de urolitíases já que possuem uma grande frequência de ocorrência (SCULLY, 2021)

A urolitíase em ovinos é um problema muito comum em ovinos machos, já que diversos fatores podem levar ao seu desenvolvimento, desde a anatomia uretral, sexo, idade, raça, localização, restrição hídrica e até mesmo estação do ano. O alojamento dos cálculos uretrais se deve principalmente a uretra ser estreita, e desse modo há uma maior incidência de alojamento de cálculos no processo sigmóide, porém em fêmeas possui menor incidência, já que apresentam uma uretra mais curta e com maior diâmetro interno, o que acaba facilitando a passagem dos urólitos (VIDELA; AMSTEL, 2016).

Além disso, a urolitíase pode ocorrer em decorrência de certas práticas de manejo, falhas na idade de castração, nutrição e outras práticas de criação em seu geral. Desse modo, quando o animal manifesta essa patologia, o seu prognóstico pode intercalar de reservado a desfavorável. Os sinais clínicos podem variar conforme diversos fatores, bem como, espécie, duração da obstrução e grau desta, esforço para urinar, chutes abdominais, anorexia, vocalização, taquicardia e taquipneia, polaciúria, estranguria e ainda hematúria, ainda, deve-se realizar um diagnóstico diferencial de cólica em machos, e verificação de rompimento de bexiga (VIDELA; AMSTEL, 2016).

O diagnóstico, deve por sua vez, ser completo, desde exteriorização peniana, avaliação laboratorial de nitrogênio ureico sanguíneo, creatinina e eletrólitos, exame de raio-X essas mensurações possuem finalidade de auxiliar no diagnóstico assertivo, já que, qualquer erro no diagnóstico pode vir a comprometer o prognóstico (VIDELA; AMSTEL, 2016). Perante ao tratamento, há diversos procedimentos que podem ser feitos, desde cistotomia uretral até mesmo colocação de um cateter transabdominal percutâneo, este último demonstrou-se bem eficaz para tratamento dos cálculos, já os desequilíbrios ácido-básicos devem ser corrigidos também para não haver uma descompensação (CHIGERWE et al. 2016).

            Diante desses fatos, este resumo, tem com intuito buscar melhor compreendimento perante ao assunto em cunho de pesquisa bibliográfica, desse modo, compreendendo os principais fatores que levam ao desencadeamento da urolitíase, principais sinais clínicos, diagnóstico e tratamento.