BALANÇO NUTRICIONAL E A COMPOSIÇÃO DO LEITE

Abstract

A atividade leiteira é um dos pilares econômicos da agropecuária brasileira. Uma forma de aumentar a rentabilidade é através do aumento dos teores de sólidos no leite, valorizando o produto na indústria. Objetivou-se relacionar os resultados da análise de leite com o balanço nutricional das vacas, em duas propriedades leiteiras. A propriedade A possuía 15 vacas Holandês em lactação (25 litros/vaca/dia), que recebiam dieta composta de silagem de milho (20 kg/dia), concentrado (20% de PB; 6 kg/vaca/dia), pastagem de trigo BRS e suplementação mineral. A análise do leite produzido apontou 3,78% de gordura, 3,49% de proteína, 4,68% de sólidos e 24,5mg/dl de NUL. A propriedade B possuía 10 vacas em lactação, ½ Jersey ½ Holandês, produzindo 15 litros de leite/vaca/dia. A dieta nesta propriedade era composta de pastagem de aveia e azevém (primeiro pastoreio), além de concentrado (20% de PB, 2kg/vaca/dia). A análise do leite produzido na propriedade B apontou 3,89% de gordura, 3,19% de proteína, 4,49% de lactose, 12,47% de sólidos e 31,1mg/dl de NUL. Na propriedade A, o excesso de NUL foi devido ao balanço proteico positivo. Enquanto o excesso de NUL na propriedade B foi devido ao provável balanço energético negativo das vacas. Conclui-se que o balanço energético negativo das vacas da propriedade B, impossibilitou maior produção de leite e adequada produção de sólidos, confirmando, portanto, o impacto do balanço nutricional das vacas sobre a composição do leite.