2022: Edição Especial - 5º Inova e 7º Agrotec
Resumos Expandidos

DINÂMICA FOLICULAR DE VACAS LACTANTES COM O USO DO PROTOCOLO J-SYNCH ASSOCIADO OU NÃO A GONADOTROFINA CORIÔNICA EQUINA (eCG)

Publicado 2022-12-08

Resumo

INTRODUÇÃO: Os protocolos hormonais de IATF permitem a IA sem detecção de estro, facilitando o manejo reprodutivo. O protocolo de prolongamento de proestro (J-synch), demonstra taxa de concepção superior aos convencionais para novilhas e vacas solteiras, pois promove maior diâmetro do folículo ovulatório, produzindo um CL maior que produz mais progesterona. Porém ainda não existem dados quanto ao emprego em vacas leiteiras lactantes. OBJETIVO: Avaliar a dinâmica folicular de vacas de leite lactantes utilizando o protocolo J-Synch associado ou não a gonadotrofina coriônica equina (eCG) em comparação ao protocolo convencional (PEPE). MÉTODOS: Foram desenvolvidos dois experimentos em uma propriedade rural de produção leiteira no município de Independência/RS. No experimento 1 foram utilizadas 12 vacas multíparas, com média de produção 31,23L/dias e ECC 3,46, distribuídas aleatoriamente em dois grupos: J-synch e PEPE. Nas vacas do protocolo J-synch foi administrado 2 mg de benzoato de estradiol (BE) e um dispositivo intravaginal de progesterona (DIB). No dia 6 foram removidos os dispositivos e administrados 500 μg de prostaglandina (PGF2α). Foi então observado o cio, e nas vacas que não o manifestaram até o dia 9, foi administrado 100 ug de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). As vacas do grupo PEPE, receberam 2 mg de BE e aplicação do DIB no dia 0. No dia 9, foi administrado PGF2α, 0,5 mg de cipionato de estradiol (CE) e retirados os DIBs. Já no experimento 2, foram utilizadas 20 vacas multíparas, com média de produção 43,59L/dias e ECC 2,93, distribuídas aleatoriamente em dois grupos: J-synch+eCG e PEPE+eCG. As vacas do grupo J-Synch+eCG foram submetidas ao protocolo similar ao J-synch, porém com administração de 200Ul de eCG no D6 juntamente com a remoção do DIB e administração de PG. As vacas do grupo PEPE+eCG receberam a administração de eCG no D9, juntamente com a remoção do DIB e administração de PG e CE. RESULTADOS: Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos PEPE e J-synch com eCG, e também nos grupos PEPE e J-synch sem eCG quanto ao diâmetro máximo do folículo dominante, nem em relação ao diâmetro do folículo subordinado J-Synch, PEPE com eCG e J-Synch, PEPE sem eCG. Porém nos grupos J-synch com e sem a utilização de eCG, observou-se 100% de ovulação em comparação com os grupos do PEPE com eCG (90%) e sem eCG (83,33%). Em relação a ovulações duplas em um dos grupos, dos dois experimentos (J-Synch sem eCG e PEPE com eCG) apresentaram uma ovulação dupla. Em vacas de corte os resultados foram semelhantes em relação ao diâmetro dos folículos ovulatórios, mas a taxa de crescimento diário foi maior no grupo J-synch. Neste estudo, com vacas leiteiras não se observou diferença com associação do eCG, no entanto, é importante destacar que os animais do experimento são animais de alta produção. CONCLUSÃO: O protocolo J-synch apresentou dinâmica folicular semelhante ao protocolo convencional em vacas de leite lactantes. O uso de 200UI de eCG não influenciou no crescimento folicular em ambos os protocolos.