2022: Edição Especial - 5º Inova e 7º Agrotec
Resumos Expandidos

EFEITO DO ESTRESSE TÉRMICO NA MORTALIDADE DE FRANGOS DE CORTE

Publicado 2022-12-08

Resumo

INTRODUÇÃO: A produção de aves no mundo é de extrema importância, mesmo com todas as melhorias em genética e nutrição, o metabolismo continua suscetível às variações térmicas, sendo temperaturas baixas ou altas, o ambiente e temperatura em que a ave se encontra influencia diretamente na alimentação, consumo de água e gasto de energia, assim afetando os índices zootécnicos.  OBJETIVO: Determinar índices de mortalidade com relação às baixas temperaturas principalmente na primeira semana de vida. MÉTODOS: Durante o ano de 2021 foi coletado dados de uma propriedade avícola comercial integrada, com frangos de corte localizada no interior da cidade de São Carlos/SC para avaliar os índices de mortalidade e determinar possíveis causas. RESULTADOS: Os resultados encontrados indicam que as maiores mortalidades ocorreram nos meses de inverno, no mês de agosto do ano de 2021, com índices de mortalidade respectivamente dos dois aviários de 4,62 e 4,81% com idade para abate de 45 dias. O alto índice de mortalidade pode estar relacionado diretamente aos primeiros dias de vida, que é a fase mais crítica, quando sofrem mudanças drásticas, como a mudança de ambiente, nutrição, temperatura e umidade. O sistema termorregulador do pintinho é ineficiente até seus 14 dias para manter sua temperatura corporal (41ºC), por isso deve se dar uma atenção especial, sendo indicado começar com a temperatura de 32-34°C e reduzindo em média de 3°C por semana até chegar aos 20°C aos 30 dias de vida. Isto auxilia a ave a manter suas temperaturas corporais sem ter gasto energético e metabólico. A exposição ao frio compromete o desempenho do lote, provocando desuniformidade, alta conversão alimentar, pois a ave reduz suas idas ao comedouro e bebedouro, prejudicando sua alimentação e consumo de água, promovendo uma desidratação. Além disso, o estresse no inverno provoca queda na imunidade, justamente quando são mais suscetíveis aos problemas sanitários e respiratórios, que são provocados pela alta umidade presente na cama e pelo frio, aumentando assim os índices de amônia no ambiente, diminuição da oxigenação pela baixa na ventilação, podendo acarretar na morte súbita ou síndrome ascítica. Com as baixas temperaturas, a ave intensifica o consumo de ração e utiliza sua energia na tentativa de produzir calor, dessa forma, aumenta sua taxa metabólica e a demanda por oxigênio, promovendo a síndrome ascítica, essa que tem maior prevalência no inverno. CONCLUSÃO: A exposição e ao estresse em períodos com temperaturas baixas pode causar efeitos negativos, como baixo desempenho e desenvolvimento, piora na conversão alimentar, consequentemente se tornarem mais suscetíveis a doenças, assim, menor lucratividade. Com isso, é importante manter o ambiente controlado com as temperaturas e umidade dentro da zona de conforto que a ave necessita em cada fase da sua vida.