v. 2 (2023)
Artigos

ISOLAMENTO E TESTE DE SENSIBILIDADE A ANTIMICROBIANO DE CATARRO GENITAL COLETADO DE VACAS COM INFECÇÕES UTERINAS

Tauana Fernanda Voigt
Centro Universitário FAI

Publicado 05/31/2023

Resumo

Logo após o parto, o canal do parto encontra-se aberto, facilitando, assim, a entrada de patógenos da região perianal, vulva e vagina para o interior da cérvix e útero.

Entre os principais fatores que levam ao surgimento das metrites, endometrites clínicas e subclínicas, podemos citar, retenção de placenta, partos gemelares, hipocalcemia, palpação vaginal com luvas contaminadas, partos distócicos, cesarianas, abortamento. As vacas acometidas pela endometrite, possuem dias prolongados para a primeira inseminação até a concepção, apresentando uma redução no desempenho reprodutivo e um aumento na taxa de descarte. Perante isso, o presente estudo avaliou os agentes causais de metrites e endometrites em vacas, e assim determinar o antibiótico sensível proporcionando um tratamento adequado aos animais. A Partir dos resultados, foi possível concluir que a Escherichia coli foi o principal agente causador das patologias em questão, sendo isolado, também, uma levedura. Entre os demais agentes isolados as enterobactérias que habitam normalmente a região vulvar, perianal e trato gastrointestinal dos bovinos foram as principais. No TSA, detectamos que a cefapirina e a cefalexina foram os antibióticos que mais apresentaram resistência, e por outro lado, o ceftiofur foi o antibiótico mais sensível aos TSA.

Referências

  1. ESPINOZA, D. S. et al. Bacterial study in uterus from slaughtered cows at the municipal slaughterhouse in Tulancingo, Hidalgo. Abanico vet. vol. 6, nº 1, pág. 22- 28. 2016.
  2. FÖLDI J. et al. Bacterial complications of postpartum uterine involution in cattle. Anim Reprod Sci. vol. 96, ed. 3–4. pág. 265-281. 2006.
  3. FRIAS, D. F. R.; PEREIRA, D. R.; KOZUSNY-ANDREANI, D. I.; SIMON, H. M. Avaliação microbiológica uterina durante ou puerpério de vacas Nelore primíparas. Rev. Soc. Ven. Microbiol. vol. 36, nº 1, pág. 23-28. 2016.
  4. GALINDO A. S. D. et al. Avaliação microbiológica e citológica do útero de vacas repetidoras de cio. ARS VETERINÁRIA, Jaboticabal, SP, vol. 19, nº 2, pág. 179-187. 2003.
  5. GALVÃO N. K.; BICALHO R. C.; JEON S. Symposium review: The uterine microbiome associated with the development of uterine disease in dairy cows. Journal of Dairy Science. vol. 102, pág. 11786-11797. 2019.
  6. MORENO C. G. et al. Characterization of native Escherichia coli populations from bovine vagina of healthy heifers and cows with postpartum uterine disease. PLOS ONE. 1º de junho de 2020. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0228294
  7. JÚNIOR, A. P. M.; MARTINS, T. M.; BORGES, Á. M. Abordagem diagnóstica e de tratamento da infecção uterina em vacas. Rev. Bras. Reprod. Anim. Belo Horizonte, vol. 35, nº 2, pág. 293-298. 2011.
  8. KARSTRUP C. C. et al. Colonization of the bovine uterus by Candida kefyr. Acta Veterinaria Scandinavica. Vol. 59, pág. 61-67. 2017.
  9. PLETICHA, S., DRILLICH, M., & HEUWIESER, W. Evaluation of the Metricheck device and the gloved hand for the diagnosis of clinical endometritis in dairy cows. Journal of dairy Science. vol. 92, ed. 11, pág. 5429–5435. 2009.
  10. ROCHA, A. A. et al. Microbiota cérvico-vaginal durante o final de gestação e puerpério em vacas girolando. Ciência Animal Brasileira, vol. 5, n. 4, pág. 215–220, 2004.
  11. SAINI P.; SINGH M.; KUMAR P. Fungal endometritis in bovines. Open Veterinary Journal, vol. 9, ed. 1, pág. 94–98. 2019.
  12. SHELDON I. M.; LEWIS G. S.; LEBLANC S.; GILBERT R. O. Defining postpartum uterine disease in cattle. Theriogenology. vol. 65, pág. 1516–1530, 2006.
  13. WILLIAMS, E. J. et al. Clinical evaluation of postpartum vaginal mucus reflects uterine bacterial infection and the immune response in cattle. Theriogenology, Stoneham, vol. 63, nº 1, pág. 102-117, 2005.